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Os 10 maiores fumadores históricos de canábis
5 min

Os 10 maiores fumadores históricos de canábis

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O consumo de canábis remonta ao início da civilização. Ao longo da história, a planta foi apreciada e tida em grande consideração enquanto substância recreativa, remédio e recurso valioso por inúmeras personalidades marcantes.

O consumo de canábis remonta aos primórdios da civilização. Ao longo da história, a planta foi apreciada e valorizada não só como droga recreativa e medicamento, mas também como um recurso precioso por diversas figuras notáveis.

Muitas das pessoas mais poderosas e influentes da história fizeram uso da canábis. Antes da era da proibição, a marijuana não era vista como um "mal a erradicar", nem era alvo da mesma repressão que sofre atualmente. Bem pelo contrário – houve períodos em que o cânhamo era tão valorizado que os agricultores eram obrigados a cultivá-lo. As farmácias comercializavam diversos preparados de canábis destinados ao tratamento de múltiplos problemas de saúde. Na verdade, várias figuras históricas altamente respeitadas hoje em dia faziam uso regular da canábis – um facto que muitos historiadores e políticos tendem a ignorar.

O nosso Top 10 de consumidores históricos de canábis:

1. George Washington:

George Washington ocupa um lugar de destaque na história da América do Norte. Foi um dos pais fundadores, o primeiro presidente dos Estados Unidos da América e teve um papel decisivo na revolta e na luta pela independência contra o Império Britânico. Curiosamente, também era um grande produtor de canábis – se tivesse nascido alguns séculos mais tarde, talvez passasse parte da vida atrás das grades, em vez de chegar à presidência.

A canábis era a principal cultura da quinta de George Washington em Mount Vernon. Para além de a cultivar e utilizar, demonstrava um grande interesse pelas suas propriedades e pelo seu potencial medicinal. Embora não estivesse plenamente consciente de todos os benefícios terapêuticos da canábis, os seus diários revelam que já na altura procurava seleccionar variedades de cânhamo para obter a maior força possível. Por tudo isto, não escondemos a nossa admiração por George.

2. William Shakespeare

William Shakespeare é, sem dúvida, um dos escritores mais famosos de todos os tempos. Viveu em Inglaterra durante o século XVII e é autor de clássicos como Hamlet e Romeu e Julieta — peças que continuam a ser representadas nos dias de hoje.

Durante escavações arqueológicas naquilo que teria sido o seu jardim, foram encontrados cachimbos de barro com vestígios de canábis. Além disso, num dos seus sonetos, Shakespeare faz referência a uma "erva notória". Fica então a dúvida: será que alguns dos maiores dramas de sempre foram escritos sob o efeito da canábis? Uma curiosidade certamente relevante para quem vê na erva uma fonte de criatividade!

3. Rainha Vitória de Inglaterra

A rainha Vitória é considerada uma das monarcas mais emblemáticas da história britânica e, para muitos, possivelmente a última com impacto imperial verdadeiramente marcante. Liderou o Império Britânico com mão firme e transformou a Inglaterra no primeiro país do mundo a experienciar a revolução industrial.

Mas por que motivo recorria a rainha Vitória ao uso de canábis? A resposta está na prescrição feita pelo seu médico real, Sir Russell Reynolds, que lhe indicou extrato de canábis para aliviar as fortes cólicas menstruais que sofria. Era habitual, na época, incluir tintura de canábis nos tónicos medicinais, uma prática comum no Reino Unido do século XIX. O próprio Sir Russell Reynolds chegou a descrever a canábis como "um dos medicamentos mais valiosos de que dispomos".

4. Rainha Isabel I de Inglaterra

O fascínio dos britânicos pela cannabis não é de agora – vem já de há muito tempo. Com a própria monarquia a dar o exemplo, quem conseguiria resistir? A rainha Isabel chegou a decretar que qualquer proprietário de terras com mais de 60 acres era obrigado a cultivar cânhamo, sob pena de uma multa de £5 – e vale lembrar que, na época, £5 equivalia a uma fortuna! Só para comparar, um artesão de classe média ganhava, em média, £10 por ano.

5. William O’Shaughnessy

William O’Shaughnessy foi um médico irlandês que se mudou para a Índia com o objetivo de trabalhar para a Companhia Britânica das Índias Orientais. Diz-se que foi o primeiro ocidental a identificar as propriedades medicinais da cannabis indica e a divulgá-la como medicamento no mundo ocidental.

Ao regressar ao Reino Unido, utilizou as variedades de cannabis que encontrara para tratar náuseas, espasmos musculares e diarreia — tendo alcançado tal sucesso, que outros médicos começaram a seguir os seus métodos. Durante os 50 anos seguintes, dedicou-se a investigar e a publicar sobre as aplicações medicinais da cannabis.

6. Thomas Jefferson

Outro dos pais fundadores dos Estados Unidos apreciava a canábis pelas suas múltiplas utilizações. Considerava-a uma cultura muito mais vantajosa do que o tabaco, que descreveu como uma planta que esgotava os solos, exigia demasiados cuidados e não tinha qualquer utilidade para alimentar o gado.

Durante o seu mandato como governador, chegou mesmo a autorizar que a canábis fosse usada como moeda quando os cofres do Estado estavam vazios. Afirmou também que a canábis "era de primeira necessidade para o comércio e para a marinha, ou seja, para a riqueza e proteção do país." Não sabemos se alguma vez a fumou, mas percebeu claramente os benefícios que poderia trazer à nação.

7. Hua Tuo

Hua Tuo foi um renomado médico e estudioso da antiga China, amplamente reconhecido e respeitado no seu tempo. Reza a história que, por volta do ano 200 d.C., Hua Tuo terá sido o primeiro a criar e utilizar um anestésico em intervenções cirúrgicas. Segundo relatos, preparava uma mistura à base de pó de canábis e vinho, embora a receita exata se tenha perdido ao longo dos séculos.

8. Os faraós egípcios

Descobertas arqueológicas indicam que o cânhamo foi utilizado pelos antigos egípcios, incluindo alguns dos seus faraós. Foram identificados vestígios desta planta na múmia de Ramsés II, e antigos registos referem o uso da marijuana no tratamento de várias doenças, como o glaucoma – tal como ainda acontece atualmente.

9. Cristóvão Colombo

Cristóvão Colombo foi um explorador italiano de grande renome, amplamente reconhecido por ter chegado a partes do continente americano. Existem relatos de que a sua embarcação transportava sementes de canábis, pretendendo cultivá-las quando encontrassem terra firme, pois era uma planta fácil de crescer e servia tanto para fornecimento de materiais como de alimento. Muitos acreditam que esta possa ter sido a forma como a canábis foi introduzida nas Américas, mas esta teoria levanta bastante polémica, já que há poucas provas que o confirmem — na verdade, há várias formas possíveis de a canábis ter chegado ao continente americano.

10. Imperador Shennong da China

O imperador Shennong foi um soberano chinês que viveu há cerca de 4 700 anos. De acordo com registos históricos, foi um dos primeiros a introduzir a prática da agricultura e do cultivo na China. Teve igualmente um papel fundamental na medicina tradicional chinesa, utilizando o cânhamo para tratar doenças como a gota, a malária e a obstipação.

Luke Sumpter
Luke Sumpter
Detentor de uma licenciatura em Ciências da Saúde Clínica, Luke Sumpter dedica-se há mais de sete anos ao jornalismo e à escrita, explorando a ligação entre a ciência e o mundo da canábis, unido pela sua paixão pelo cultivo de plantas.
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