Afrodisíacos

O que são afrodisíacos?

Inspirado no nome da deusa grega do amor – Afrodite –, o termo afrodisíaco refere-se a qualquer substância que desperte ou intensifique o desejo e o prazer sexual. Diversos alimentos e bebidas são conhecidos por este efeito e têm sido utilizados ao longo dos séculos com esse propósito. Algumas preparações à base de plantas destacam-se por estimular de forma mais marcante a nossa libido.

Tipos de afrodisíacos

Os afrodisíacos podem ser classificados em três grandes categorias: alimentos, plantas e substâncias sintéticas. Segue-se uma breve apresentação de cada grupo:

Alimentos afrodisíacos

Os afrodisíacos alimentares actuam principalmente através dos seus efeitos gastronómicos, potenciando o desejo e o prazer sexual. Actualmente, existem já diversos estudos que identificaram compostos e nutrientes presentes em certos alimentos que, com consumo regular, ajudam a estimular a libido de forma natural e duradoura.

No passado, os afrodisíacos alimentares não tinham, de todo, uma base científica como hoje conhecemos. Muitas das escolhas tradicionais ou populares tinham origem em mitos, lendas ou até pelo simples aspecto físico dos alimentos. Embora alguns realmente apresentem propriedades afrodisíacas, muitos não passavam de placebo, funcionando sobretudo pelo poder da sugestão.

Exemplos: ostras / bananas / espargos / figos

Afrodisíacos herbais

Os afrodisíacos de origem vegetal são utilizados há milénios. Diversas culturas e tradições transmitiram conhecimentos sobre plantas e ervas capazes de estimular e potenciar o prazer. Estes ingredientes mantêm elevada importância cultural e continuam a ser apreciados em todo o mundo.

Ao contrário de muitos alimentos, os afrodisíacos herbais distinguem-se por terem compostos químicos específicos, frequentemente alcaloides, que influenciam profundamente o comportamento humano. Por este motivo, estas plantas são presença habitual em sistemas tradicionais de medicina, como o Ayurveda indiano.

Exemplos: Maca / Damiana / Ginkgo Biloba / Ashwagandha / Yohimbe

Afrodisíacos sintéticos – medicamentos para a disfunção erétil (ED)

Estes são comprimidos sintéticos, como o Viagra, fragrâncias laboratoriais e feromonas. Muitas vezes, resultam do isolamento químico de um componente ativo específico, frequentemente inspirado em afrodisíacos de origem vegetal.
Com a incidência crescente de disfunção erétil, o desenvolvimento de novos medicamentos para este problema tem aumentado. O fármaco sintético mais conhecido para tratar a disfunção erétil é o Viagra, que se tornou um verdadeiro fenómeno cultural desde o seu lançamento em 1998.

Exemplos: Viagra / Cialis / Levitra / Staxyn / Stendra

Afrodite – A deusa do amor

Afrodite, a deusa grega do amor, sempre foi fonte de inspiração para inúmeras histórias apaixonadas ao longo da história da humanidade. Conhecida pelo seu encanto irresistível, envolvia todos aqueles que com ela se cruzavam, deixando-os seduzidos e maravilhados. Não é de estranhar, por isso, que substâncias destinadas a despertar o desejo humano recebam o seu nome.

Existem dois relatos principais sobre a sua origem. O mais reconhecido foi descrito por Hesíodo na sua obra Teogonia, onde se conta que Afrodite nasceu da espuma do mar, criada quando Cronos cortou os genitais de Urano e os atirou ao oceano. Dessa espuma emergiu Afrodite — o seu nome deriva precisamente do significado "nascida da espuma". Hesíodo narra: os genitais "foram arrastados pelo mar durante muito tempo e da carne imortal ergueu-se uma branca espuma; dessa espuma nasceu uma jovem". Esta cena foi eternizada na célebre pintura "O Nascimento de Vénus", na qual Afrodite é retratada a chegar à costa numa concha gigante.

Num relato menos dramático, a sua origem é atribuída simplesmente à sua descendência de Zeus, o rei dos deuses, e Dione, considerada por alguns como sua esposa.

Afrodite era tida como o exemplo supremo de beleza e sedução – afirmava-se que a sua atratividade era tal, que muitos deuses receavam sucumbir ao seu fascínio e iniciar uma guerra entre si para conquistá-la. Por esse motivo, conta a lenda que Zeus a desposou com Hefesto, o deus do fogo, da forja e dos vulcões, conhecido pela sua aparência pouco atraente, para assim neutralizar possíveis rivalidades. Contudo, tal decisão não impediu Afrodite de se entregar à paixão. Diz-se que teve inúmeros amantes, deuses e mortais, e, das suas relações, nasceram muitas outras figuras míticas.

Símbolo do desejo, da paixão e do amor, Afrodite tornou-se a inspiração ideal para quem procura avivar a libido. É em sua honra que alimentos, bebidas e substâncias capazes de estimular o desejo sexual passaram a ser conhecidos como afrodisíacos.

A história dos afrodisíacos

Para muitos, a palavra afrodisíacos está automaticamente associada a ostras. Embora seja verdade que se diz que estimulam o desejo, estão longe de ser o único alimento com essa reputação. Na verdade, existem inúmeros alimentos e plantas em todo o mundo que influenciam a nossa libido. Se considerarmos a quantidade de ervas estimulantes, espalhadas pelos vários continentes, é seguro assumir que os afrodisíacos são utilizados desde o início da humanidade.

Alguma vez sentiu atração pelo aroma natural de alguém ou, ao cheirar uma peça de roupa usada por essa pessoa, pensou nela? É bastante provável que os feromonas sejam os responsáveis por esse efeito.
Antes de surgir a sociedade moderna, o nosso aroma natural era o principal afrodisíaco - aliás, esse é um dos motivos pelos quais usamos perfumes. Antes da invenção de sabonetes, perfumes, extratos e óleos, o odor corporal era essencial para avaliar o potencial sexual de um parceiro. O nosso cheiro natural contém feromonas, substâncias químicas que desencadeiam respostas primitivas noutros membros da mesma espécie. São precisamente estas feromonas sexuais presentes no nosso odor que os nossos antepassados utilizavam, em parte, para despertar o interesse do parceiro.

No entanto, convém esclarecer que não vale a pena andar por aí sem tomar banho a pensar que isso resultará em mais encontros — dificilmente terá sucesso. Hoje em dia, os padrões de higiene e o uso de fragrâncias são amplamente promovidos e vistos como qualidades desejáveis. Além disso, importa referir que as feromonas são inodoras e não podem ser captadas pelo olfato humano; aquilo que sentimos nas pessoas sem higienização é, na verdade, suor e sujidade. Infelizmente, ao lavar o corpo, acabam também por se eliminar grande parte das feromonas, o que torna difícil separar uma coisa da outra. Dito isto, continua a ser possível produzir feromonas estando limpo; simplesmente não estarão presentes nas quantidades que predominavam nos nossos antepassados.

A magia dos perfumes

Foi sensivelmente na época do Antigo Egipto que a humanidade começou a levar o conceito do aroma como algo sedutor ainda mais longe — através do desenvolvimento de perfumes. Conta-se que Cleópatra, a famosa rainha egípcia, utilizava perfumes elaborados a partir de gordura de urso e outros ingredientes para seduzir os seus amantes. Os antigos romanos também eram conhecidos pelo uso abundante de perfumes para despertar o desejo sexual, chegando a consumir cerca de 2.800 toneladas de incenso e 550 toneladas de mirra por ano. Dentre os ingredientes utilizavam ainda tutano de ossos humanos secos, sangue menstrual e partes de animais — não soa propriamente apetecível, pois não? Estes são apenas alguns exemplos; produtos afrodisíacos semelhantes teriam sido usados noutros lugares do mundo, à medida que as civilizações e o conhecimento se iam desenvolvendo.

Foi também por esta altura que surgiram teorias sobre o efeito de determinados alimentos como afrodisíacos. O médico romano Galeno defendia que as erecções, a fertilidade, o desejo e a potência eram causados pelo “vento”, e que ao consumir alimentos que provocassem gases (ou seja, alimentos flatulentos), seria possível restaurar esse vento ao organismo e resolver todos os problemas sexuais. Actualmente, os afrodisíacos são vistos sobretudo como algo que estimula o desejo, mas antigamente, tanto o apetite sexual como a função sexual estavam englobados no mesmo conceito — e tudo se resolveria com um pouco de gás! Esta crença persistiu até ao século XVIII.

A ideia de que os aromas têm propriedades afrodisíacas é hoje fortemente explorada pelo marketing. Esta tendência começou em 1882, quando foi lançado o perfume “Fougere Royal”. Este era apresentado como uma fragrância masculina para atrair mulheres — uma associação entre perfume e sensualidade que se mantém até aos dias de hoje.

Melhore a sua vida sexual

Todos o desejam, todos o fazem e, sejamos honestos, todos precisamos: SEXO. Embora não resolva todos os problemas numa relação, pode ajudar a evitá-los. Um parceiro realizado, tanto sexualmente como no dia-a-dia, é um parceiro feliz. Eis as sugestões da Zamnesia:

• Abrace com intensidade

Está comprovado que um abraço de 20 a 60 segundos estimula a libertação de oxitocina, a chamada "hormona do vínculo", promovendo um sentimento de conexão emocional com o seu parceiro. Além disso, a forma como se relacionam fora do quarto é fundamental. Dar as mãos, beijar e partilhar outros gestos de intimidade contribuem para aumentar o desejo e a antecipação do momento sexual.

• Partilhe as suas fantasias sexuais com o seu parceiro

O cérebro é o maior órgão sexual do corpo humano e a falta de estímulo mental pode facilmente afetar a sua vida íntima. Converse sobre o assunto — ou leiam juntos um livro erótico em voz alta, experimentem jogos de papéis, introduzam brinquedos sexuais na vossa intimidade ou recordem uma aventura sexual especial que tenham vivido juntos. Use a sua mente para apimentar o desejo.

• Nunca perca o interesse ou a energia para o sexo

Evite passar a tarde toda a navegar na internet ou a perder tempo nas redes sociais como o Facebook, e não permita que o seu parceiro faça o mesmo. Caso contrário, nenhum de vocês estará verdadeiramente disponível, a nível mental, para desfrutar de momentos íntimos satisfatórios ao final do dia.

O sexo também tem um valor importante – dê-lhe o devido apreço! Para além de ser gratuito e divertido, é uma excelente forma de aliviar o stress. Aproveite a intimidade para reforçar a ligação entre ambos e sentir-se renovado; verá como a vossa relação ficará mais forte.

• Durma o suficiente

A falta de sono e a ausência de relações sexuais estão frequentemente ligadas. Para recuperares energia e disposição para o dia seguinte, é fundamental descansares bem e, convenhamos, nada como começar o dia com sexo, sentindo-te mentalmente relaxado e motivado. Esta energia vai-se dissipando ao longo do dia e, quando te sentes cansado e esgotado, o desejo sexual diminui naturalmente. O cansaço reduz os níveis de testosterona e afecta negativamente a libido.

• Toque

Um toque afetuoso estimula a produção de oxitocina, a hormona associada ao bem-estar e à proximidade emocional, diminuindo também os níveis de cortisol, responsável pelo stress. Num mundo exigente e por vezes desmotivante, o carinho do parceiro pode transformar por completo o nosso estado de espírito e a forma como encaramos o dia. Tratem de se tocar ao longo do dia—a vossa intimidade irá certamente sair reforçada.

• Partilhem os vossos desejos

O seu parceiro não consegue adivinhar o que lhe vai na cabeça, por muito próximos que sejam. A intimidade será muito mais gratificante quando ambos souberem os desejos um do outro. A capacidade de partilhar abertamente as vontades e preferências é fundamental para alcançar momentos de grande intensidade e cumplicidade.

• Ria mais

O sexo deve ser divertido, por isso não leves tudo demasiado a sério. Uma boa forma de evitar que se torne monótono é, de vez em quando, experimentares algo inesperado ou até um pouco trapalhão. Não há nada mais saudável do que umas boas gargalhadas partilhadas com a pessoa que amas.

• Troca olhares

Mais de 80% das percepções são feitas através dos olhos, sendo esta a forma inicial de comunicação dos seres humanos e uma ferramenta essencial para criar intimidade. Durante o sexo, o contacto visual pode transformar uma experiência banal numa experiência verdadeiramente marcante.