Variedades de canábis que não despertam o apetite?

O mercado da canábis, especialmente em regiões onde o seu consumo foi legalizado, está a prosperar de forma notável e atrai cada vez mais investidores em busca de oportunidades lucrativas. Agora imagine juntar a este sector a igualmente poderosa indústria das dietas, avaliada em milhares de milhões. É precisamente nesta combinação que uma empreendedora quer apostar.

Segundo estudos desenvolvidos pela GW Pharmaceuticals, o canabinóide THCV (tetrahidrocanabivarina) parece ter a capacidade de suprimir o apetite. Embora muitas variedades de canábis atuais já quase não apresentem este composto, ainda existem algumas em circulação. Bethenny Frankel, fundadora da conhecida marca de bebidas alcoólicas de baixa caloria 'Skinnygirl', tem como objetivo lançar a sua própria variedade de canábis com potencial para reduzir o apetite, em mercados onde o consumo é permitido por lei.

É de elogiar a sua visão empreendedora e rapidez em identificar uma lacuna no setor, mas será esta ideia realmente exequível? O THCV isolado pode efetivamente contribuir para o controlo do apetite, mas a canábis é uma planta muito complexa, com centenas de compostos que interagem entre si. Mesmo que o THCV tenda a reduzir o apetite, a sua combinação com o conhecido THC pode resultar em efeitos completamente distintos.

Independentemente disso, tudo indica que o segmento da canábis supressora do apetite está prestes a ganhar destaque no setor, funcione ou não. Se acompanha tendências inovadoras, prepare-se para ver este nicho a crescer!

Se quiser fazer a sua própria 'investigação' sobre o tema, procure variedades com elevados níveis de THCV. Entre as espécies mais conhecidas encontram-se a Blue Dream, Durban Poison, XJ-13 e Doug’s Varin. Contudo, não garantimos que mantenham os níveis de THCV antes de serem desenvolvidas para esse fim específico, mas são um bom ponto de partida!

Miguel Antonio Ordoñez

Licenciado em Comunicação Social e Media, Miguel Ordoñez é um escritor experiente, com mais de 13 anos de carreira, dedicando-se à área do cânabis desde 2017. Uma investigação contínua e rigorosa, aliada à sua própria experiência, permitiu-lhe desenvolver um profundo conhecimento sobre o tema.

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