Roadkill de doninha: mito ou realidade?

Ao ouvir o nome “Road Kill Skunk”, talvez pense imediatamente num animal infeliz deitado à beira da estrada. Contudo, estamos a falar da controversa variedade de cannabis com o mesmo nome. Famosa pelos seus aromas e sabores intensíssimos, a Road Kill Skunk é tão polémica que há quem duvide da sua real existência. Estamos aqui para desfazer dúvidas e revelar tudo o que precisa de saber sobre esta cobiçada cultivar – de uma vez por todas!

As origens e evolução da Road Kill Skunk

Tal como acontece com muitas outras variedades, incluindo White Widow e Chemdawg, a história da origem da Road Kill Skunk está envolta em mistério, com vários cultivadores a reivindicarem a sua criação. Road Kill Skunk, frequentemente referida como RKS, é uma das variedades de canábis mais procuradas pelos verdadeiros entusiastas, sendo geralmente considerada descendente da lendária Skunk #1 (sobre a qual falaremos mais adiante). Esta variedade ganhou notoriedade no final dos anos 70 e foi extremamente popular ao longo das décadas de 80 e 90. Atualmente, encontrar uma verdadeira planta de RKS é um tema que gera muita discussão entre cultivadores e apreciadores de canábis.

Variedade ou fenótipo?

Existe um grande debate sobre se a Road Kill Skunk é uma variedade autónoma ou apenas um fenótipo específico de uma cultivar já existente. Opiniões dividem-se sobretudo quanto à sua ligação à Skunk #1. Esta última resulta de um cruzamento entre genéticas autóctones do Afeganistão, México e Colômbia. Há quem defenda que a Road Kill Skunk é simplesmente um fenótipo particularmente intenso e aromático da Skunk #1, surgido de uma variação genética natural. No entanto, outros acreditam que se trata de uma variedade independente, criada ao cruzar a Skunk #1 com mais genéticas afegãs para reforçar certas características. Como seria de esperar, este tema tem provocado discussões acesas entre apreciadores de canábis.

A ligação afegã

A inclusão de uma variedade afegã não é uma afirmação ao acaso, uma vez que esta linha genética é reconhecida pelos seus aromas intensos e característicos, resultantes de elevados teores de compostos de enxofre denominados tioles. Em suma, o aroma forte é um elemento distintivo das genéticas afegãs, tornando-as muito valorizadas no melhoramento de cannabis. Na procura de criar (ou recriar) a lendária Road Kill Skunk, os cultivadores recorrem frequentemente a estas variedades para intensificar o perfil aromático skunky e reforçar a robustez da planta.

A evolução da Cheese

Cheese é um fenótipo distinto da Skunk #1, inicialmente identificado no Reino Unido no final dos anos 80. Tal como a RKS, destaca-se pelo seu aroma intenso e inconfundível. Com o cruzamento com genéticas afegãs em versões mais recentes, como a Big Buddha Cheese, esta característica foi ainda mais apurada. Embora o seu sabor seja, muitas vezes, um gosto adquirido, a Cheese tornou-se um verdadeiro marco para iniciados no mundo da canábis, graças ao seu perfil aromático e gustativo único, que não encontra paralelo noutras variedades.

Cheese (Zamnesia Seeds) feminizada

(194)

Pais Skunk x Northern Lights

Genética 60% Índica / 40% Sativa

Tempo de floração 8-9 semanas

THC 18%

CBD 3%

Tipo de floração Fotoperíodo

Ver produto

(194)

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Cheese (Zamnesia Seeds) feminizada

Pais Skunk x Northern Lights

Genética 60% Índica / 40% Sativa

Tempo de floração 8-9 semanas

THC 18%

CBD 3%

Tipo de floração Fotoperíodo

Desafios no cultivo da Road Kill Skunk

Tal como acontece com outras variedades, cultivar Road Kill Skunk apresenta alguns desafios. O debate em torno da preservação da genética autêntica da RKS é constante entre entusiastas da canábis, já que muitos defendem que as versões atuais desta estirpe perderam parte das suas características originais ao longo das gerações.

Como manter a RKS pura

Manter o fenótipo puro do Road Kill Skunk é um autêntico desafio, devido não só à já referida deriva genética, mas também à evolução das preferências comerciais dos consumidores. Como foi mencionado, a RKS tem um aroma intenso e característico que faz jus ao nome e, por isso mesmo, não surpreende que estas qualidades tenham sido suavizadas para agradar a um público mais vasto. Apesar disso, existem criadores dedicados que continuam a esforçar-se para preservar as características clássicas desta variedade, recorrendo a retrocruzamentos com genéticas antigas e particularmente aromáticas, e ainda incorporando genética afegã para intensificar o perfil "skunky". Assim, percebe-se porque razão há tanto interesse em tanto preservar como modificar esta variedade, garantindo que as gerações futuras possam também apreciá-la.

Variedades recomendadas para características RKS

Se gostas de aromas intensos e penetrantes e procuras uma experiência semelhante à da célebre Road Kill Skunk, estás com sorte. Existem várias variedades de canábis que te podem proporcionar sensações muito aproximadas ao verdadeiro RKS.

A primeira recomendação é a Skunk #1. Como variedade original da RKS, vale mesmo a pena explorares a sua linhagem. Esta estirpe destaca-se pelo aroma clássico e intenso e pelos efeitos eufóricos.

Logo a seguir, experimenta a Super Skunk. É resultante do cruzamento da Skunk #1 com genéticas Afegãs, o que a torna bastante próxima da RKS. Vais encontrar aromas intensos a skunk e um efeito relaxante forte.

Por fim, para quem procura algo realmente marcante, deve provar a icónica Cheese. Esta famosa variedade é conhecida pelo seu aroma intenso que faz lembrar queijo e pelos seus efeitos equilibrados. Se fosse desenhada a árvore genealógica da família RKS, a Cheese seria, sem dúvida, um dos parentes mais próximos.

Esforços da comunidade e testemunhos

Sendo uma variedade com origens nos anos 70, a Road Kill Skunk conta já com inúmeros apreciadores ao longo das décadas. É fácil encontrar fóruns repletos de entusiastas desta variedade intensamente aromática. Num tópico intitulado "O Clube de Fãs da Road Kill Skunk" no icmag.com, são muitos os utilizadores que partilham memórias dos tempos áureos da RKS e o significado que esta tem para eles. No entanto, nem tudo é consenso: há até quem questione se esta variedade alguma vez existiu realmente!

Histórias pessoais

Existem inúmeras histórias pessoais que demonstram o quanto os utilizadores apreciavam a RKS e o esforço que fizeram para a reencontrar ao longo do tempo. Para muitos, bastou experimentá-la uma única vez para que nunca mais se esquecessem das suas características marcantes.

Como relata um utilizador (wannabeebreeder) no fórum icmag.com: "Foi o bud com aroma a skunk mais intenso de todos os que já provei, tinha um cheiro acre a skunk e, ao fumar, fazia lembrar borracha queimada. Colhi uma flor recém-cortada, quase do tamanho de uma lata de refrigerante. Ficou-me um resíduo pegajoso nos dedos, parecido com resina ou cola. Jamais esquecerei o aroma daquela erva”.

Projectos de cruzamento

A par dos relatos daqueles que recordam com saudade os tempos áureos da Road Kill Skunk, são muitos os que tentam agora criar as suas próprias versões, na esperança de se aproximarem o mais possível do original. Tanto produtores amadores como profissionais têm dedicado anos e investido consideráveis recursos na procura de sementes do Skunk #1 anterior aos anos 80, tentando estabilizar as características mais marcantes deste aroma a través de retrocruzamentos, com resultados que variam. Basta uma breve pesquisa online para encontrar inúmeros projectos de cultivo dedicados a recuperar a essência única da Road Kill Skunk.

Legado e popularidade

Como já deves ter percebido, a Road Kill Skunk conquistou uma base de fãs fiel dentro do universo canábico. Raras são as variedades que geram tanta controvérsia e discussão quanto a RKS.

Nostalgia e impacto cultural

A Road Kill Skunk ocupa um lugar especial no coração dos apreciadores de canábis. Esta variedade desperta nostalgia pelos tempos áureos das décadas de 1970 a 1990, quando o seu aroma inconfundível, intensamente forte e "almiscarado", aliado aos efeitos potentes, a distinguiam de todas as outras. Para muitos entusiastas, a RKS simboliza o verdadeiro "Santo Graal" de uma era de canábis que já passou. Hoje em dia, com as tendências de cultivo modernas a privilegiarem genéticas mais doces e acessíveis, a procura constante pela recriação da RKS sublinha a sua relevância na história da canábis.

O regresso do cheiro forte: à procura da RKS

Ainda que seja um tema polémico entre os criadores mais dedicados de canábis, a busca pela Road Kill Skunk continua muito ativa. O desejo de recuperar aqueles aromas intensos e o perfil inconfundível desta variedade persiste e dificilmente desaparecerá. Existem até bancos de sementes que garantem ter conseguido uma réplica fiel, mas este feito continua a ser debatido pelos conhecedores do meio. Ou seja, a Road Kill Skunk não é um mito, mas os obstáculos para a recriar são grandes. Talvez seja necessário um novo impulso de entusiastas dedicados? Manter o legado desta variedade lendária para as próximas gerações pode mesmo depender de quem lê este artigo!

Adam Parsons

Adam Parsons é jornalista profissional especializado em canábis, copywriter e autor, integrando há vários anos a equipa da Zamnesia. Responsável por abordar uma vasta gama de temas, desde o CBD aos psicadélicos, entre outros, Adam dedica-se à criação de artigos de blog, guias e à exploração contínua de uma oferta de produtos cada vez mais diversificada.

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