
Fatores que influenciam a rapidez com que a canábis queima
O que faz com que a cannabis queime mais depressa? E o que contribui para uma combustão mais lenta? Existem várias razões e também diferentes soluções para garantir uma experiência de consumo perfeita.
Não há dúvida de que uma combustão uniforme e suave é muito apreciada. Cada apreciador de cannabis tem as suas preferências no que toca à velocidade a que a erva queima. Vamos explorar alguns factores e alternativas que influenciam o ritmo da combustão da ganja em charros, cachimbos e vaporizadores.
HUMIDADE DAS FLORES
Antes de mais, esclareçamos o óbvio: se a ganja estiver demasiado seca, vai queimar rapidamente; se estiver húmida, queimará mais devagar, ou pode até nem arder de todo.
As técnicas usadas para curar a marijuana determinam o teor de humidade dos buds. A marijuana deve ser devidamente seca e curada antes de ser consumida – não se trata simplesmente de colher a planta fresca e fumar logo a seguir, ao contrário do que muitos filmes mostram. A água presente nos buds precisa de evaporar até atingir um teor de humidade aproximado de 10%. No entanto, mesmo com uma cura perfeita, fatores como o armazenamento, o transporte e o nível de humidade do local irão influenciar a quantidade de humidade no interior da flor.
Outro aspeto importante é com o que misturas a tua ganja. Se o bud estiver impecável, mas o tabaco for demasiado húmido, a mistura irá queimar mais lentamente, seja num charro ou num cachimbo.
Bem apertado ou solto
A circulação de ar é fundamental quando se enrola um charro ou se prepara uma cabeça. Se o conteúdo estiver demasiado compactado, a queima será mais lenta devido à falta de oxigénio. Quando está apertado em excesso, torna-se difícil de puxar, prejudicando toda a experiência. Pelo contrário, se estiver solto demais, vai arder de forma irregular, pode apagar-se a meio e o recheio acaba por cair — e talvez queimar a tua T-shirt preferida do "Legalize It". Num cachimbo, se a mistura estiver mais solta, ainda se consegue desfrutar de umas passa sem grandes preocupações.
GRINDER/À MÃO
É fundamental prestar atenção à forma como a ganja é moída, garantindo que fique fina e uniforme. Utilizar um bom grinder resulta numa mistura homogénea e ajuda a queimar de maneira equilibrada. Se preferires desfazer as cabeças à mão, é provável que fiquem pedaços de tamanhos diferentes, o que faz com que queimem a ritmos distintos. Fragmentos maiores podem ser difíceis de acender e a distribuição fica comprometida. Ao moer a tua erva – ou ao fumar kief –, assegura-te de que usas um filtro sólido, para evitar engasgar-te com pequenas partículas.
Intensidade da inalação
Outro factor evidente que influencia a velocidade de combustão é a intensidade da inalação. Se inspirares com força, queima mais depressa; se o fizeres de forma mais suave, queima mais devagar. Ao utilizares um bong, se a sucção for muito fraca, podes nem conseguir uma passa, pois não se gera a pressão necessária.
Que se faça luz!
Para acender um charro basta um isqueiro comum e ele irá queimar por si só. No entanto, para bowls, existem diferentes métodos de acendimento que podem otimizar a combustão. Se estiver a utilizar um isqueiro normal, a mistura do bowl irá queimar mais devagar do que com um isqueiro de jato (que, apesar disso, não são recomendados pois as temperaturas elevadas podem destruir canabinóides). Pode experimentar várias formas de acender, desde pavios de cânhamo a varinhas de calor, maçaricos ou qualquer outro método que lhe suscite curiosidade e realce a sua erva. Ao fumar num bong, é importante garantir que a mistura queima de forma uniforme ao redor da taça, proporcionando uma combustão mais equilibrada.
Alternativas ao tabaco
Apesar de não ser aconselhável, muitos apreciadores de ganja optam por misturar ganja com tabaco. Existem várias alternativas ao tabaco que podem influenciar a forma como a mistura queima, por isso, se tiver curiosidade, experimente algumas destas opções.
VAPORIZAÇÃO
O ritmo a que a canábis se esgota num vaporizador depende de vários factores. Antes de mais, a temperatura escolhida é essencial: se for demasiado baixa, não conseguimos extrair todos os compostos essenciais da erva; se for demasiado alta, perde-se o propósito de um consumo mais saudável. Para além disso, o desempenho e qualidade do vaporizador, a intensidade da inalação, a humidade das flores, a forma como se preenche a câmara (mais solto ou compacto) e o tamanho da erva moída têm todos influência na quantidade e na qualidade do vapor obtido.
PAPEL PARA ENROLAR
Existem vários fabricantes que produzem diferentes tipos de mortalhas, que variam no comprimento, na largura, na espessura, no tipo de cola ou papel utilizado e na presença de aditivos. Ao contrário do que muitos pensam, as mortalhas mais finas, na verdade, queimam mais lentamente do que as mais espessas. Muitos utilizadores defendem que as mortalhas naturais, como as de cânhamo Raw, proporcionam uma combustão mais lenta por não incluírem aditivos sintéticos. A cola orgânica é preferida à sintética não só pela questão da saúde, mas também porque os químicos sintéticos podem acelerar a queima do charro. Descobre as 5 melhores recomendações de mortalhas da Zamnesia.
Conclusão: como controlar a velocidade de combustão
Se a mistura estiver a queimar demasiado devagar, antes de experimentar técnicas mais avançadas, tente o seguinte: enrole de forma mais solta, certifique-se de que a mistura está seca e homogénea, e utilize mortalhas com combustão mais rápida.
Se a mistura queimar demasiado depressa, experimente: enrolar mais apertado, garantir uma mistura uniforme e usar tabaco húmido ou alternativas. E, claro, junte-se ao Winnie the Pooh para uma verdadeira aventura com charros revestidos de mel.
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