Quem nunca entrou numa loja de acessórios para fumadores e ficou maravilhado com os bongs em exposição? Uns parecem verdadeiras peças alienígenas, outros dariam perfeitamente num laboratório científico. Muitas vezes damos por nós a observá-los e a pensar: “Porque é que têm estes formatos tão diferentes?”

Por um lado, a criatividade é certamente um fator; mas será que a forma influencia o funcionamento? E, para além disso, haverá algum formato que realmente seja superior aos outros? Qual é afinal o objetivo dessas diferenças? Fomos investigar e trouxemos algumas descobertas interessantes que queremos partilhar convosco. Antes de explorarmos as vantagens de cada um, comecemos por analisar os diferentes tipos e perceber como funcionam.

Formas mais comuns de bongs

Aqui fica uma breve descrição das várias formas e estilos de bongs que pode encontrar nas suas experiências.

TUBO RETO

O nome não engana: trata-se de um tubo simples, com a base fechada para se manter de pé, um tubo lateral e um fornilho discreto – e é tudo. Basta colocar água suficiente para cobrir o fundo do tubo, encher o fornilho com canábis moída e acender enquanto inspira suavemente pelo tubo. Quando quiser dar a passa, basta retirar o fornilho. Não tem complicações, o que torna este tipo de bong uma escolha comum para iniciantes. São também fáceis de limpar: basta enxaguar com água quente e dar uma passagem com cotonetes com álcool para o manter impecável.

Mr. Twister (Zamnesia)

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Mr. Twister (Zamnesia)

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Copo de Erlenmeyer

O bong com base em formato de balão é sem dúvida um dos modelos mais reconhecidos. Embora funcione de forma bastante semelhante ao tubo reto, destaca-se pela sua base larga, parecida com a de um balão de laboratório. Esta base oferece maior estabilidade, exigindo mais água na preparação, mas depois de pronto é uma peça fiável e prática para uso diário. O apoio largo faz com que fique seguro na mesa e seja menos propenso a tombar. A sua utilização simples torna-o uma excelente escolha para iniciantes, além de ser mais seguro para quem tem menor tolerância, evitando acidentes caso fiquem mais desajeitados.

Base redonda

Tal como os dois primeiros, o nome deste refere-se ao seu design, apresentando uma base de formato esférico. Em termos de estabilidade, posiciona-se entre o tubo reto e o modelo em forma de balão, e a experiência de fumar é idêntica à dos restantes. Uma ligeira vantagem da base redonda é a sua portabilidade, embora, na prática, não seja significativamente superior à do balão ou à do tubo reto.

MULTICÂMARA

Aqui, a complexidade aumenta, mas as vantagens são evidentes. Os modelos diferem entre si, mas todos apresentam pelo menos duas câmaras separadas ligadas por um tubo central. Ao recorrer a uma câmara de água e a um percolador, o bong permite que o fumo passe por dois estágios de filtragem. Assim, quando chega até si, a passa é bastante mais suave do que com os três primeiros tipos de bong. Os modelos mais simples são talvez mais práticos e icónicos, mas os verdadeiros entusiastas devem experimentar estas versões multi-câmara. É preciso ter em conta que normalmente são mais caros do que os modelos padrão. Além disso, a limpeza exige mais cuidado e tempo.

Percolador

Diz-se muitas vezes que o que importa é o interior. Apesar de ser raro podermos apreciar verdadeiramente o que está dentro apenas olhando de fora, é isso mesmo que acontece com um bong percolator. Um percolator é a peça no interior de alguns bongs com aparência que faz lembrar uma alforreca, tão característica que acabou por dar nome ao próprio artigo. Para além do seu aspeto curioso, o percolator serve para dispersar o fumo antes de este atingir a água, criando assim um efeito borbulhante. Durante este processo, o fumo arrefece consideravelmente, tornando cada passa muito mais suave e agradável.

Certos bongs têm vários percolators, proporcionando uma filtragem superior e uma experiência de fumo exclusiva. Tal como acontece com bongs de câmara múltipla, estes modelos acabam por ser mais dispendiosos do que as opções mais simples. A limpeza também torna-se mais minuciosa e consome algum tempo do seu dia.

Bong de vidro 'Triple HoneyComb'

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Bong de vidro 'Triple HoneyComb'

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BUBBLER

O bubbler é uma escolha simples e económica para quem quer experimentar as vantagens de um bong em versão mais portátil. Equipamento compacto, semelhante a um cachimbo, utiliza igualmente água, o que proporciona inalações mais suaves do que um cachimbo tradicional. No entanto, devido ao seu tamanho mais reduzido, a suavidade não é comparável à de um bong clássico. Ainda assim, é uma ótima opção para quem procura uma maneira prática e menos agressiva de consumir. E para quem valoriza a facilidade de manutenção, há modelos de bubbler que se limpam sem esforço: basta mergulhar em água quente e passar um cotonete nas áreas mais difíceis.

Designs especiais (cerâmica)

A maioria dos bongs é feita em vidro ou acrílico. Estes materiais são ambos resistentes e suportam bem o calor, o que explica a sua popularidade. Por outro lado, os bongs em cerâmica têm ganho notoriedade junto de alguns apreciadores. Como a cerâmica pode assumir inúmeras formas, este tipo de bong costuma ter um design mais trabalhado e artístico, tornando-se muitas vezes destaque decorativo. Quanto a proporcionar uma experiência mais suave, isso depende do modelo. As particularidades do material e do design costumam refletir-se num preço mais elevado.

Qual o bong escolher?

Que bong devo escolher?

No fim de contas, qual é então o bong indicado para ti? Tudo depende do teu orçamento e da forma como costumas consumir. Para quem fuma ocasionalmente, tubos retos, bongs em formato de balão, com base redonda e bubblers são sempre excelentes opções. Os bongs de vidro proporcionam uma experiência mais pura, mas os de acrílico destacam-se por serem mais resistentes, acessíveis e práticos.

Os bongs com múltiplas câmaras ou percoladores são ideais para utilizadores regulares que procuram uma experiência aprimorada. Tal como já referimos, deves estar preparado para gastar um pouco mais. No entanto, ficas com uma peça única que vai certamente dar que falar entre amigos.

Se procuras um bong para viagens ou uso fora de casa, opta antes por um bubbler ou por um tubo reto resistente, que suporte bem o desgaste. Qualquer que seja a tua escolha, desejamos-te uma excelente sessão – e que não faltem snacks para os momentos de pausa!

Luke Sumpter

Detentor de uma licenciatura em Ciências da Saúde Clínica, Luke Sumpter dedica-se há mais de sete anos ao jornalismo e à escrita, explorando a ligação entre a ciência e o mundo da canábis, unido pela sua paixão pelo cultivo de plantas.

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