Está na altura de lançar uma verdadeira bomba para todos aqueles que ainda duvidam dos híbridos de cannabis autoflorescentes. A Sticky Beast Automatic consegue fazer tudo o que as melhores variedades fotoperiódicas fazem na plantação, mas de forma mais rápida. No entanto, o verdadeiro desafio para esta variedade resinosa, como para qualquer outra, é sempre o momento da prova. Sem mais demoras, segue-se o relatório completo da experiência com a Sticky Beast Automatic.

Peso dos buds secos

Com um total combinado de 147g de colheita seca proveniente de duas plantas, a Sticky Beast Automatic demonstrou ser verdadeiramente produtiva. Aliás, foi a minha colheita mais farta até à data com qualquer variedade de cannabis num período tão curto. No entanto, as flores da Sticky Beast Automatic não apresentaram uma uniformidade total. A diferença entre os dois fenótipos fez-me lembrar a variedade Blue Family, que não tem relação genética, mas serve para ilustrar as distintas características apresentadas.

Tal como ocorre com as irmãs Blueberry e Flo, ambas as minhas Sticky Beast Autos mostraram traços únicos e encantadores. Isto tornou-se ainda mais evidente ao pesar as flores secas na balança. A minha versão mais robusta, com uma forte influência de Critical+, rendeu uns impressionantes 89g; já o fenótipo mais alto e com espaçamento maior entre internódios, embora com flores menos densas, ainda forneceu uns respeitáveis 58g.

Aspeto dos buds: Atratividade gelada

Os cristais e as cores são o que salta primeiro à vista. Os botões da Sticky Beast Automatic apresentam-se cobertos por tricomas brilhantes e pelos avermelhados, alaranjados e até alguns rosados, que dominam grande parte das flores. Destaca-se ainda um verde néon surpreendente nestes cabeços resplandecentes. O único senão deste lote é que, em vez de grandes colas vencedoras de prémios, a colheita apresenta na sua maioria cabeços pequenos a médios. Mesmo assim, a Sticky Beast Automatic impressiona com uma aparência de topo digna de cinco estrelas.

AROMA DAS FLORES: UMA ERVA FRAGRANTE E INTENSA!

Ah, esse aroma, consegues senti-lo no ar? O cheiro intenso do Sticky Beast Automatic está por todo o lado. Não podia ser mais evidente; chega a ter um odor forte que faz lembrar urina de gato e animais mortos na estrada. Com o tempo e ao ser curado num frasco de vidro, esse cheiro transforma-se numa fragrância mais atraente, com notas skunky e de haxixe. Ainda assim, os buds menos densos, resultantes de fenótipos mais alongados, mantêm sempre um aroma terroso bastante vincado. É impressionante a diferença entre o odor intenso das plantas em crescimento e o perfume mais floral dos buds já curados.

Buds ao toque: pegajosos e resinosos

Buds incrivelmente pegajosos e doces, com um sabor açucarado irresistível. Esta erva resinosa requer um cuidado especial ao ser manicurada. Embora os buds não sejam muito folhosos, destacam-se pelos pelos numerosos. Ao manuseá-los, evite mexer demasiado nos pistilos, um autêntico mosaico de tons laranja, vermelho e rosa, com um visual digno de punk rock. Estes nugs tendem a colar-se nos dentes do moínho de erva. Para mim, isto é sempre um bom sinal — também sucede com as variedades mais pegajosas, como a famosa OG Kush.

Sabor dos buds: sinsemilla doce e ácida

É aqui que as duas variantes apresentam maiores diferenças. O fenótipo mais compacto e produtivo surpreendeu-me de forma muito agradável, revelando uma mistura equilibrada de sabores doces e ácidos. Ao inspirar, o sabor é terroso e macio; ao expirar, surge uma doçura inconfundível, com um delicioso toque de rebuçado no final. No fundo, a elegância da Bubblegum estava mesmo ali, sob a influência marcada da Critical Mass. Uma autêntica combinação doce e ácida.

Já o fenótipo mais alongado, diferente mas não menos apetecível, revelou igualmente um perfil aromático bem distinto. Estes botões surpreenderam-me de imediato com uma intensidade de fumo picante reminiscentes do haxixe. Apesar do sabor menos ácido e intenso, manteve-se suave e leve na garganta, deixando ainda assim aquele típico travo doce a rebuçado no final de cada passa. Mais uma vez, destaca-se a influência Bubblegum neste contraste aromático tão saboroso, em equilíbrio com as notas terrosas e de haxixe.

Efeitos dos botões: Uma reserva perfeita para relaxar

Existem algumas diferenças interessantes entre os dois fenótipos. Mais uma vez, exemplos como o Blueberry e o Flo vêm à memória. Embora não classificasse o fenótipo mais esguio como um topo premium, apresenta sem dúvida uma vertente cerebral digna de destaque. O efeito começa com uma onda animadora e estimulante, semelhante ao que se sente com uma variedade OG Kush. Depois, surge uma componente física mais intensa, que aparece de forma gradual. O resultado é um efeito equilibrado, sem ser demasiado intenso ou acelerado — perfeito para relaxar.

Por outro lado, o fenótipo mais compacto provoca um efeito físico pesado quase de imediato. Trata-se de um efeito mais onírico e sedativo, ideal para momentos de puro relaxamento, sobretudo à noite. É potente o suficiente para deixar qualquer um meio "zombie" e até levar a arriscar aquecer gelado no micro-ondas por puro conforto.

A última passa

Sticky Beast Automatic: potência e sabor em formato autoflorescente

A Sticky Beast Automatic surpreende pela qualidade. Não é só impressionante para uma variedade autoflorescente; é verdadeiramente de topo! Foi a primeira genética automática capaz de superar as minhas expectativas e de bater grande parte das minhas colheitas fotoperiódicas anteriores. Este híbrido combina o que há de melhor de OG Kush, Bubblegum e Critical+ Automatic, trazendo um equilíbrio excepcional de potência, sabor e facilidade de cultivo. Recomendo vivamente para quem está a começar, mas também conquista facilmente os mais exigentes apreciadores de variedades fotoperiódicas – garantidamente vão querer reservar espaço no jardim para este peso pesado automático.

Não esquecer os aficionados dos concentrados. As flores compactas e resinosas da Sticky Beast Automatic são perfeitas para extrações. Também pensei nisso e já tenho a próxima colheita a caminho, pronta para mais uma dose de excelência automática. Fique atento ao blogue da Zamnesia, onde em breve poderá encontrar especiais exclusivos sobre concentrados caseiros.

Steven Voser

Steven Voser é um jornalista independente especializado em canábis, com mais de seis anos de experiência a escrever sobre todos os aspetos da planta: desde os métodos de cultivo, às melhores formas de consumo, passando ainda pelo dinâmico setor e pelo complexo enquadramento legal que o envolve.

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