5 variedades de canábis ideais para cultivo hidropónico em sistema DWC

Deep water culture (DWC) é uma técnica hidropónica na qual as raízes das plantas permanecem submersas num reservatório de água durante todo o ciclo de cultivo. As plantas ficam apoiadas sobre a água em vasos de rede com seixos de argila, que lhes dão estabilidade, enquanto as raízes se estendem até ao reservatório e absorvem os nutrientes. Uma pedra difusora de ar faz a aeração da solução nutritiva, garantindo um fornecimento de oxigénio essencial ao crescimento saudável das raízes.

Muitos cultivadores optam pelo DWC devido à simplicidade de manutenção e pela facilidade de automação com temporizadores, podendo o sistema funcionar durante longos períodos sem necessidade de intervenção frequente. Com um reservatório de grandes dimensões, as plantas conseguem alcançar crescimentos impressionantes. Os nutrientes chegam diretamente às raízes, permitindo que certas variedades consigam crescer vários centímetros por dia.

Outra vantagem do DWC é a eliminação da necessidade de esquemas regulares de rega, pois as raízes estão constantemente submersas e absorvem água conforme a sua necessidade. Praticamente qualquer genética pode ser cultivada num sistema DWC, ainda que algumas variedades sejam especialmente indicadas para este método. Apesar dos inúmeros benefícios desta técnica, a ausência de solo significa que não há uma substância que ajude a regular os nutrientes, tornando as variações de pH mais frequentes. Assim, as melhores opções são as variedades que toleram pequenas "oscilações" de condições. Descobre abaixo as 5 melhores variedades para cultivar em DWC!

Amnesia Haze

Amnesia Haze é uma variedade reconhecida mundialmente pelo seu efeito sativa estimulante, produção generosa e sabores intensos. Criada pela primeira vez em Amesterdão, a capital europeia do cannabis, esta senhora deve as suas origens aos genéticos Haze da Califórnia. Premiada e reputada em vários concursos, arrecadou troféus na High Times Cannabis Cup em 2004 e 2012. O seu efeito é marcadamente poderoso, quase psicadélico, proporcionando uma energia imediata que fomenta o bom humor e conversa fácil—ótima para momentos sociais ou para dedicar-se ao trabalho durante o dia. As flores apresentam elevados níveis de THC e uma quantidade moderada de CBD.

Amnesia Haze é uma excelente escolha para sistemas DWC. Desenvolve-se até uma altura média, sendo perfeita para espaços reduzidos e fácil de manejar. Em cultivo interior, poderá esperar colheitas até 600g/m² após um período de floração de 12 a 13 semanas.

Gorilla Glue

Gorilla Glue conquistou um estatuto lendário no universo da canábis. Esta variedade destaca-se entre as mais potentes do mercado, apresentando níveis de THC entre 24 e 26% e, nalguns fenótipos, podendo mesmo atingir 30%. Embora pareça fruto de uma seleção rigorosa, a Gorilla Glue original surgiu por acaso, após a polinização de uma Chem Sis com uma Sour Dubb. Este híbrido equilibrado proporciona um efeito relaxante que invade o corpo, dissolve tensões, reduz o stress e induz um estado meditativo. O seu perfil de terpenos apresenta notas irresistíveis de terra, doçura, limão e pinho.

Gorilla Glue é uma excelente escolha para cultivo hidropónico DWC se procuras potência. No interior, atinge facilmente entre 90 e 150 cm de altura e pode render até 560g/m² após 8 a 9 semanas de floração.

Northern Lights

Northern Lights é mais uma das variedades lendárias que conquistou o seu lugar entre as genéticas mais icónicas. Predominantemente indica, esta estirpe surgiu da fusão entre uma landrace pura e uma sativa tailandesa. O resultado é uma descendente com sabores irresistíveis, potência notável e propriedades terapêuticas. Northern Lights proporciona um efeito relaxante que alivia os músculos, reduz o stresse e convida ao repouso. É perfeita para o final do dia, sendo ideal para descontrair e afastar-se das preocupações diárias. Este efeito apaziguador ajuda a combater o stresse, dores e ansiedade. As suas flores libertam um aroma doce e frutado verdadeiramente delicioso.

Northern Lights destaca-se pela produtividade e adapta-se muito bem ao cultivo em DWC. Cresce até 120cm no interior, sendo fácil de gerir mesmo em espaços pequenos ou com depósitos de água limitados. O ciclo de floração é curto, de apenas 7 semanas, e pode atingir colheitas generosas de até 500g/m².

Giant white haze

Giant White Haze nasceu de um projeto de cultivo ambicioso, que combinou duas referências lendárias: Haze e White Widow. O resultado desta fusão foi um sucesso notável, com a descendente a herdar as melhores características de ambas as genéticas. Oferece um efeito sativa estimulante, perfeito para despertar a criatividade e manter o foco numa só tarefa por longos períodos. Além do uso recreativo, a Giant White Haze é também valorizada no contexto terapêutico, ajudando a aumentar o apetite e a reduzir a ansiedade. Estes efeitos são intensificados por um perfil de terpenos que proporciona sabores terrosos e notas a pinho.

A Giant White Haze é uma variedade extremamente produtiva, capaz de crescer bastante em altura. Cultivada em DWC, pode atingir uns impressionantes 200cm, oferecendo colheitas na ordem dos 600g/m² após 9–10 semanas de floração.

Critical

Se gostas de sentir um efeito profundo no corpo e de noites acompanhadas de bons petiscos, então experimenta cultivar a Critical em hidroponia (DWC). Esta variedade, de dominância indica, tem sido uma escolha habitual dos cultivadores comerciais há anos, graças à sua robustez e fiabilidade. Gera flores densas e cobertas de resina rica em compostos psicoativos. Prepara-te para um efeito duradouro e potente, que te vai deixar relaxado e revitalizado. Queres potenciar ainda mais o seu efeito marcante? Prepara manteiga de canábis e surpreende com uns brownies em casa.

A Critical é ideal para produtores de DWC que procuram grandes colheitas a partir de plantas vigorosas. Em apenas 7 semanas, podes obter cerca de 400g/m² em cultivo interior.

Luke Sumpter

Detentor de uma licenciatura em Ciências da Saúde Clínica, Luke Sumpter dedica-se há mais de sete anos ao jornalismo e à escrita, explorando a ligação entre a ciência e o mundo da canábis, unido pela sua paixão pelo cultivo de plantas.

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