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HST And LST Techniques For Training Your Cannabis Plants
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Técnicas HST e LST para treinar as suas plantas de canábis

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Treinar canábis pode aumentar significativamente o desempenho e a produção das plantas. O treino de alto e baixo stress representam dois métodos distintos de manipulação da planta, tanto em culturas interiores como exteriores, para obter melhores resultados. Descubra em seguida mais informações sobre as várias técnicas disponíveis.

A aplicação de técnicas de treino nas plantas de canábis pode aumentar significativamente a produção final. Desde variedades autoflorescentes, compactas e cuidadosamente presas ao solo, até plantas que atingem os três metros de altura suportadas por treliças robustas no exterior, treinar canábis revela-se eficaz.

Mas afinal, qual é a melhor forma de treinar as plantas de canábis para obter melhores resultados? Em primeiro lugar, importa destacar a própria canábis. A sua resistência não depende da genética. Um exemplo claro é uma planta cultivada ao ar livre, outrora atacada por gafanhotos, a recuperar e a mostrar um crescimento vigoroso e saudável pouco tempo depois, comprovando o seu carácter resiliente.

Treino das suas plantas de canábis: LST vs. HST

Treinar as Tuas Plantas de Cannabis: LST VS. HST

Apesar da sua natureza vigorosa, aplicar algum “carinho” extra pode trazer ótimos resultados ao cultivar cannabis. De forma simples, o treino de baixo stress (LST) procura expor ao máximo as folhas à luz durante a fase vegetativa; e, na floração, garantir que o maior número possível de flores recebe luz direta. Seja em ambiente interior ou exterior, onde a luz incide diretamente, o desenvolvimento da planta é otimizado. Como o próprio nome indica, as técnicas de LST são suaves e normalmente só aumentam ligeiramente o tempo de cultivo.

Pode parecer extremo, mas os métodos de treino de alto stress (HST) também têm o seu valor: ao aplicar stress controlado, a planta responde com um crescimento mais vigoroso. Além disso, estas técnicas podem ajudar a poupar espaço, especialmente porque algumas variedades podem crescer descontroladamente se não forem supervisionadas. Dependendo da abordagem e da frequência com que é feita, a aplicação de HST pode prolongar significativamente o ciclo de crescimento, pois a planta necessita de tempo para redistribuir as hormonas de crescimento para as zonas afetadas.

Não existe uma técnica universalmente superior para o treino da marijuana. Mais importante do que escolher “a melhor” é optares pelo método que melhor se adapta à tua situação. A verdade é que a cannabis responde incrivelmente bem a estes cuidados — até quando parecem um pouco contraintuitivos — e recompensa o cultivador com colheitas generosas e flores de alta qualidade.

LST: Técnicas de treino de baixo stress

LST: TÉCNICAS DE TREINO DE BAIXO STRESS

LST simples

Para quem tem pouco tempo disponível ou está a dar os primeiros passos no cultivo de canábis, a técnica LST, na sua forma mais simples, consiste em dobrar uma planta jovem para que cresça na horizontal. Desta forma, todos os ramos laterais atingem uma altura semelhante e o caule principal curva-se para se juntar ao novo topo da planta.

Se quiseres ir um pouco mais longe, podes prender todo o novo crescimento o mais próximo possível do substrato. Isto interrompe a dominância apical típica da canábis e promove um desenvolvimento equilibrado em todos os nós. Na fase de floração, os botões crescem de forma mais uniforme, em vez de se formar uma única flor principal rodeada por outras mais pequenas. Assim, as plantas ficam largas e baixas, ocupam pouco espaço e tiram o máximo partido da iluminação disponível.

SUPERCROPPING

Quem cultiva cannabis no exterior sabe que, por vezes, os danos ligeiros provocados pelas tempestades podem levar a uma recuperação impressionante da planta. Ramos torcidos e flores dobradas rapidamente se endireitam, procurando de novo a luz do sol com uma força renovada.

O supercropping imita esta resposta no cultivo interior. Ao dobrar cuidadosamente as pontas dos ramos principais até formarem um ângulo de 90°, conseguimos dois objetivos: permitir que os botões inferiores recebam mais luz, tornando-se maiores, e incentivar a planta a crescer com mais vigor enquanto recupera do pequeno stress causado.

Segure suavemente o ramo escolhido entre o polegar e o indicador, aplicando uma pressão leve e rolando-o para a frente e para trás. Quando sentir o caule mais flexível, dobre-o devagar na horizontal, sem o partir, apenas guiando firmemente. Em poucos dias, verá surgir um nódulo robusto de tecido cicatrizado no local.

Rede de verde

Screen of green, ou ScrOG, é uma técnica de treino de baixo stress levada ao extremo. Ao realizar podas e treinamentos logo nas primeiras fases de crescimento, as plantas tornam-se mais densas e ramificadas. Coloca-se uma rede metálica ou de plástico ao nível da copa e todos os ramos novos são cuidadosamente posicionados por baixo dessa estrutura. O período vegetativo prolonga-se, realizando-se mais podas e guiando-se os ramos de modo a criar uma superfície plana de plantas de canábis. Toda a vegetação abaixo da rede é removida para permitir uma boa circulação de ar, garantindo também que cada centímetro do espaço com luz é aproveitado ao máximo. Esta copa uniforme permite um uso eficiente da luz disponível e resulta em flores homogéneas a surgir em cada nó da planta.

HST: Técnicas de treino de alto stress

HST: Técnicas de Treino de Alto Stress

Topping e Fimming

Tanto o topping como o fimming são técnicas que consistem em remover partes da planta, promovendo assim um crescimento mais denso e a formação de mais pontos de flor próximos à fonte de luz.

No topping, corta-se completamente o crescimento novo no topo central da planta e, posteriormente, nos ramos laterais. Os dois ramos situados imediatamente abaixo do corte crescem e tornam-se flores principais, enquanto os ramos inferiores têm oportunidade de crescer até ao nível da copa. Ao aplicar topping também nos ramos laterais, incentiva-se a formação de uma planta mais ramificada, afastando-se do formato tradicional de "árvore de Natal".

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Enquanto o topping remove todo o crescimento do topo, o fimming (abreviatura de "Fuck, I Missed") consiste em cortar apenas parte do novo topo, geralmente cerca de metade. Este método abranda o crescimento dos novos brotos, pois ficam com menos folhas para captar luz, permitindo que os ramos inferiores se desenvolvam e alcancem mais facilmente o topo da planta.

Mainlining

Se o seu objetivo é cultivar apenas flores grandes, evitando pequenas flores secundárias ou flores popcorn, então a técnica de mainlining pode ser a solução. Consiste em podar a planta várias vezes para criar vários ramos principais. Ao podar três vezes, obtém oito ramos principais (quatro podas = 16, cinco = 32), que são depois amarrados e bem espaçados. Qualquer crescimento novo abaixo dos principais pontos de floração é removido (um processo chamado undershucking), permitindo que a planta concentre toda a sua energia na produção de grandes flores centrais.

No cultivo exterior, o mainlining resulta em plantas com copas extensas, sem folhas ou flores no interior. Desta forma, a planta só desenvolve grandes flores principais bem distribuídas na parte superior, tornando a colheita e a limpeza muito mais simples.

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Desfolhação

Sem dúvida, a técnica de treino mais polémica e exigente, cuja intensidade pode variar bastante entre cultivadores. A defoliação consiste na remoção de folhas grandes pelo menos uma vez durante a fase vegetativa e, novamente, uma ou mais vezes no início da floração. Ao retirar as folhas maiores durante o crescimento, estimula-se um desenvolvimento mais vigoroso em toda a planta. Depois, antes da mudança para o ciclo de luz 12-12 da floração e também nas primeiras semanas desta fase, removem-se mais folhas de grande dimensão. Durante o crescimento acelerado na floração, a planta responde produzindo mais cálices para compensar a redução na fotossíntese.

Tanto em cultivo interior como exterior, aplicar técnicas de treino à planta de canábis proporciona resultados visivelmente satisfatórios. A qualidade das flores melhora, eliminando praticamente os botões menores ou de qualidade inferior. Aproveita-se melhor o espaço e a luz, produzindo um rendimento superior em qualidade e quantidade por watt consumido. Hoje em dia, é raro deixar uma planta crescer de forma totalmente natural; normalmente recorre-se a uma ou mais técnicas de treino para potenciar o desempenho e aumentar a colheita. Técnicas de treino, sejam de stress elevado ou reduzido, revelam o verdadeiro potencial das plantas de canábis.

Miguel Antonio Ordoñez
Miguel Antonio Ordoñez
Licenciado em Comunicação Social e Media, Miguel Ordoñez é um escritor experiente, com mais de 13 anos de carreira, dedicando-se à área do cânabis desde 2017. Uma investigação contínua e rigorosa, aliada à sua própria experiência, permitiu-lhe desenvolver um profundo conhecimento sobre o tema.
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