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The Intersection Of Cannabis And Skateboard Culture
5 min

O cruzamento entre a cultura cannabis e o skate

5 min

Neste artigo, analisamos a ligação profunda entre o skate e a cultura da canábis. Abordamos as origens humildes do skate, nascido entre surfistas californianos, o enorme crescimento da sua popularidade nos anos 80, a sua ascensão a desporto olímpico e o papel significativo que a canábis desempenhou ao longo deste percurso.

O skate é um desporto que ultrapassa barreiras de raça, idade e origem. Representa um verdadeiro ponto de encontro entre diferentes culturas. Da música à arte, dos videojogos à moda, o universo do skate atrai uma multidão diversificada. Ao longo deste percurso, a canábis também assumiu um papel significativo e multifacetado nesta cultura. Se a primeira imagem que surge é a do típico "stoner" dos anos 2000, saiba que a ligação entre o skate e a canábis vai muito além dos estereótipos. Vamos perceber melhor esta relação!

As origens da cultura do skate

Skateboard Culture Origin Story

Como é que a cannabis se tornou tão presente no universo do skate? Desde os inícios na Califórnia até à consagração olímpica, a história do skate está repleta de momentos marcantes que explicam esta ligação. E não há melhor sítio para começar do que pelas origens.

Dos surfistas californianos ao encontro entre hip-hop e skate

Pensa-se que os skates tenham sido inventados já nos anos 1940 como uma alternativa para os surfistas da Califórnia treinarem nas ruas quando o mar estava calmo. De facto, o skate foi, durante algum tempo, conhecido como "surf de passeio", pela ligação direta a esta prática. No entanto, o fascínio pelo skate rapidamente ultrapassou o universo dos surfistas da Costa Oeste. A meio da década de 80, o desporto voltou a ganhar força, sendo adoptado por várias culturas diferentes, nomeadamente pelo movimento Hip-Hop.

O skate consolidou o seu lugar no universo do Hip-Hop, especialmente na Costa Este dos Estados Unidos, sendo acolhido em cidades como Nova Iorque, Washington e Portland. Para muitos, o hip-hop está fortemente ligado à cultura da canábis, o que evidencia a ligação crescente entre o skate e esta substância.

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Um passatempo que atravessa gerações

Um passatempo entre gerações

Pode parecer que o skate é apenas para adolescentes e crianças, mas isso está longe da verdade. Basta olhar para lendas do skate como Tony Hawk e Steve Caballero, que começaram a carreira nos anos 80 e continuam a praticar bem depois dos 50 anos.

Apesar de a maioria dos profissionais serem a exceção, uma visita a qualquer skatepark local revela um ambiente diverso, onde diferentes idades, culturas e origens se cruzam. Nas comunidades de skate, há também uma forte consciência em relação ao consumo de canábis: muitos praticantes mais velhos não permitem que menores consumam. Existe um verdadeiro espírito de união neste meio, onde todos se cuidam mutuamente.

Os benefícios da canábis no skate

Benefícios da canábis no skate

Naturalmente, já estamos familiarizados com os efeitos da canábis, mas de que forma se refletem no universo do skate? Sendo esta uma modalidade que exige equilíbrio e movimentos precisos, será que fumar erva tem um impacto positivo ou negativo nos praticantes? Existem várias opiniões sobre o assunto.

Canábis para criatividade e recuperação

A canábis é conhecida pelo seu efeito na criatividade, e no mundo do skate não é diferente. Fumar canábis antes de planear a próxima sessão pode abrir um leque de possibilidades, desde tirar o máximo partido de um spot específico até experimentar manobras com uma nova perspetiva. Naturalmente, esta é uma experiência bastante pessoal e, como acontece com o consumo de canábis, cada pessoa pode vivê-la de forma distinta.

Além disso, não é segredo que a canábis pode ser relaxante e ajudar a aliviar o corpo e a mente. Por isso, muitos optam por consumi-la após sessões intensas de skate para ajudar na recuperação. Aliás, o skater profissional e atleta olímpico Nyjah Huston é um defensor dos benefícios da canábis, utilizando-a para dormir melhor e descansar a mente depois de um longo dia em cima do skate.

Nem todos os skaters são fãs da canábis

Embora seja fácil encontrar muitos adeptos do consumo de cannabis no universo do skate, há também quem se oponha a esta prática por várias razões. Como referido, o skate é um desporto fisicamente exigente, que requer equilíbrio, precisão e resistência. Por isso, muitos praticantes optam por evitar a cannabis, já que o seu consumo pode afetar negativamente todas estas capacidades.

No entanto, há exemplos de skaters profissionais, como Elissa Steamer e Andrew Reynolds, que recorreram intensivamente à cannabis (e a outras substâncias) ao longo das suas carreiras. Descobriram que, apesar dos efeitos inicialmente positivos, a longo prazo estes acabaram por prejudicar seriamente o seu progresso. Enquanto o consumo de cannabis rica em THC apresenta certos riscos, há quem prefira procurar variedades à base de CBD, como faz Tony Hawk, para tirar partido dos efeitos menos imediatos e mais terapêuticos do canabidiol.

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O consumo de cannabis na cultura do skate

Consumo de canábis na cultura do skate

Como já deve ter percebido, a relação entre o uso de canábis e o skate é complexa e apresenta diferentes perspetivas, tanto a favor como contra. No entanto, grande parte do preconceito ligado ao consumo de canábis surge de opiniões externas, influenciadas pelo estereótipo do "skater fumador".

Afastar-se do clichê do "skater fumador"

Para muitos que não fazem parte da cultura do skate, existe uma imagem negativa associada aos praticantes desta modalidade. A falta de conhecimento sobre o desporto, aliada a ideias preconcebidas, leva a que vejam os skaters como desordeiros que só causam problemas na via pública — e isto sem sequer considerar o consumo de cannabis.

Em resumo, quem olha para os skaters de forma depreciativa fá-lo muitas vezes por ignorância ou desconhecimento do verdadeiro espírito do skate. Já ficou claro que a prática do skate exige grandes capacidades físicas e atléticas, e não é para todos. O uso de cannabis, quando acontece, prende-se apenas com escolhas pessoais e não define o skate como modalidade. Até ao momento, existem argumentos válidos de ambos os lados desta discussão.

Os Jogos Olímpicos e a cannabis como substância dopante

Os Jogos Olímpicos E A Cannabis Como Substância Dopante

Basta olhar para os Jogos Olímpicos para perceber que o skate está muito além do estereótipo do praticante ligado ao consumo de cannabis. Desde 2016, o skate passou a ser oficialmente considerado um desporto olímpico. No entanto, a sua entrada não foi isenta de polémica, tendo em destaque a suspensão de seis meses de Cory Juneau. Todos os atletas olímpicos estão sujeitos a controlos antidoping e, nesse aspeto, os skaters não são exceção. Cory Juneau testou positivo a THC e ficou impedido de competir durante seis meses (suspensão mais tarde reduzida para três).

A introdução do skate nos Jogos Olímpicos gerou bastante discussão entre os verdadeiros entusiastas da modalidade, que consideram esta decisão como um afastamento do espírito e cultura originais do skate. Quando questionado sobre skate, cannabis e os Jogos Olímpicos, o skater Tas Pappas afirmou: "Acredito mesmo que uma pessoa tem um desempenho melhor sóbria, mas já vi quem não conseguisse andar sem estar sob efeito, por isso não sei como isto vai resultar".

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Não existe uma única forma certa ou errada de encarar a relação entre canábis e skate. Tudo depende das preferências individuais e do que cada pessoa procura sentir. É inegável que as propriedades relaxantes e criativas da canábis têm grande apelo para muitos skaters. No entanto, estes efeitos não são necessariamente vantajosos para todos. Em suma, vale a pena olhar para esta ligação de mente aberta, especialmente para quem está de fora, e lembrar que a liberdade de escolha pessoal e de expressão são princípios fundamentais na cultura do skate.

Adam Parsons
Adam Parsons
Adam Parsons é jornalista profissional especializado em canábis, copywriter e autor, integrando há vários anos a equipa da Zamnesia. Responsável por abordar uma vasta gama de temas, desde o CBD aos psicadélicos, entre outros, Adam dedica-se à criação de artigos de blog, guias e à exploração contínua de uma oferta de produtos cada vez mais diversificada.
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