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Magic Mushroom Myths: Debunking Common Misconceptions
4 min

Mitos sobre cogumelos mágicos: A verdade por detrás das ideias erradas

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Os cogumelos mágicos são utilizados pela humanidade há milhares de anos, mas continuamos sem uma visão global clara sobre eles. Por isso, vamos abordar alguns mitos associados aos "shrooms" e esclarecer o que é, afinal, verdade.

Cogumelos mágicos têm vindo a ganhar cada vez mais atenção — e ainda bem que assim é! Contudo, persistem alguns mitos difíceis de afastar em torno destes fungos. Neste artigo, vamos abordar alguns dos equívocos mais prejudiciais sobre os cogumelos mágicos, para esclarecer a verdade sobre o tema.

Seja porque apoias incondicionalmente a psilocibina, ou se tens apenas curiosidade em perceber como estes cogumelos têm sido erradamente retratados, continua a ler.

O estigma em torno dos psicadélicos

O Estigma em Torno dos Psicadélicos

Desde a década de 1970, os psicadélicos começaram a ganhar uma má reputação, em grande parte devido a acontecimentos nos Estados Unidos. A revolução hippie dos anos 60 foi vista como uma ameaça à ordem social, acabando por ser atribuída grande responsabilidade aos psicadélicos nesta perceção.

Como consequência, espalhou-se rapidamente o medo e o estigma em torno destas substâncias, incluindo os cogumelos mágicos. Quase todos conhecemos histórias de “más viagens” com psicadélicos — relatos de pessoas a perderem o controlo da mente ou a enfrentarem monstros interiores. Embora seja certo que estas substâncias provocam alterações poderosas na perceção e consciência, a verdade é que psicadélicos como os cogumelos mágicos estão entre os mais seguros do mundo, sendo que episódios realmente negativos são pouco frequentes.

Mitos sobre os cogumelos mágicos

Mitos sobre cogumelos mágicos

Com isto em mente, vamos então descobrir alguns dos mitos mais comuns associados aos cogumelos mágicos.

Mito: Os cogumelos mágicos criam dependência

Os cogumelos mágicos não são, de todo, viciantes (Nichols, 2017). Quando alguém consome qualquer psicadélico serotoninérgico, o cérebro desenvolve rapidamente uma tolerância muito acentuada—em apenas uma ou duas horas. Por isso, não é possível experienciar os efeitos psicadélicos vários dias seguidos sem aumentar as doses de forma exponencial. Graças a este mecanismo, não é possível ficar dependente deste tipo de substâncias, pois o próprio cérebro impede-o.

Para além de não causarem dependência, existe cada vez mais investigação a sugerir que os cogumelos mágicos podem até ajudar pessoas com problemas de dependência a ultrapassar os seus vícios.

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Mito: Consumir cogumelos mágicos pode conduzir a psicose permanente

É importante abordar este tema com cautela. A psicose pode ser desencadeada em pessoas vulneráveis por diversos factores, desde o stress até ao consumo de drogas ou outras experiências. No entanto, não existem evidências que indiquem que a psilocibina, em particular, provoque psicose ou leve a um estado psicótico permanente.

Apesar disso, aconselhamos fortemente que qualquer pessoa com historial de doença mental grave pense cuidadosamente antes de consumir qualquer substância! As nossas palavras não substituem aconselhamento médico. Existe a possibilidade de a psilocibina despoletar uma condição subjacente, como a esquizofrenia, por isso seria imprudente afirmar que não há qualquer risco. Informe-se devidamente e consulte o seu médico.

Mito: Os cogumelos mágicos são iguais ao LSD

Os cogumelos mágicos não são o mesmo que LSD. Os primeiros contêm os alcaloides activos psilocibina e psilocina, enquanto que o LSD corresponde à dietilamida do ácido lisérgico. Apesar de provocarem efeitos distintos, ambos actuam sobre os receptores de serotonina do cérebro, o que pode gerar tolerância cruzada. Ou seja, se consumir cogumelos num dia, o efeito do LSD no dia seguinte será significativamente reduzido. Fica o aviso!

De um modo geral, a experiência com cogumelos mágicos tende a ser menos intensa do que com LSD. Embora ambas as substâncias sejam consideradas seguras, o LSD pode, mais facilmente, levar a vivências desconfortáveis, sobretudo porque doses mínimas podem provocar efeitos muito fortes, tornando fácil perder a noção da dose. Já os cogumelos, mesmo sendo potentes em pequenas quantidades, permitem maior margem de segurança na dosagem.

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Cogumelos mágicos versus LSD: qual é a diferença?

Mito: Todos os cogumelos mágicos são iguais

Mito: Todos os cogumelos mágicos são iguais

De todo! Só o género Psilocybe reúne mais de uma centena de espécies diferentes, e cada uma possui uma combinação única de psilocina, psilocibina e outros alcaloides, o que faz com que os seus efeitos possam variar imenso – por vezes, até de forma inesperada.

Além das diferenças na concentração dos compostos ativos, os cogumelos mágicos também se distinguem bastante na aparência e crescem em ambientes muito distintos. Por exemplo, há espécies que preferem o outono frio britânico, enquanto outras crescem sobretudo em zonas tropicais.

Mito: Os cogumelos mágicos não têm valor terapêutico

Pelo contrário, nos últimos anos tem havido um aumento significativo na investigação sobre o valor terapêutico da psilocibina. Desde casos de depressão resistente ao tratamento, a perturbações relacionadas com o consumo de substâncias, passando pelo luto ou até pelo apoio a pessoas com doenças terminais, a psilocibina revela-se promissora para dar resposta a alguns dos maiores desafios enfrentados pela psiquiatria (Lowe, 2021).

Enquanto os governos demoram a alterar a legislação sobre os cogumelos mágicos, há cada vez mais pessoas que decidem experimentar a psilocibina por iniciativa própria. Não podemos recomendar que faça o mesmo sem acompanhamento profissional, mas sugerimos vivamente que se informe, leia sobre o tema e tire as suas próprias conclusões!

Verdade acima dos mitos: conclusão da nossa jornada sobre cogumelos mágicos

Verdade acima de mitos: conclusão da nossa viagem pelo universo dos cogumelos mágicos

Verdade acima de mitos: conclusão da nossa viagem pelo universo dos cogumelos mágicos

Durante demasiado tempo, os cogumelos mágicos estiveram envoltos em mitos e equívocos. Esta desinformação é particularmente injusta, sobretudo quando a maioria das investigações aponta que estas substâncias são, no mínimo, seguras e proporcionam experiências prazerosas, e em muitos casos, podem ser profundamente transformadoras para quem mais delas necessita.

Felizmente, as mentalidades estão a mudar a um ritmo acelerado. Com o aumento de provas científicas e relatos de experiências reais, torna-se cada vez mais difícil negar que a proibição destas substâncias faz sentido. Por isso, mesmo que nunca penses em experimentá-las, informa-te — investiga e descobre por ti o que é factual e o que não passa de receios infundados ou preconceito.

Max Sargent
Max Sargent
O Max dedica-se à escrita há mais de dez anos e, nos últimos tempos, concentrou-se no jornalismo sobre canábis e psicadélicos. Ao colaborar com empresas como a Zamnesia, Royal Queen Seeds, Cannaconnection, Gorilla Seeds, MushMagic, entre outras, adquiriu uma vasta experiência em diferentes áreas deste setor.
Referências
Investigação Shroomshop
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