Nederwiet! Tudo sobre a erva holandesa e as 3 melhores variedades de canábis criadas nos Países Baixos

O que é nederwiet?

Os neerlandeses têm-se destacado como pioneiros no desenvolvimento de algumas das variedades de canábis mais potentes do mundo. Não podemos deixar de agradecer pela icónica Cannabis Cup e por todas as híbridas inovadoras que continuam a surpreender e a animar os apreciadores, sem trocadilhos. Se estiveres de visita aos Países Baixos e pretendes experimentar a autêntica cultura canábica local, convém conheceres o termo “nederwiet”, que é simplesmente "erva neerlandesa".

A nederwiet pode ser cultivada tanto no interior como no exterior. De acordo com a legislação neerlandesa, cada pessoa pode ter até cinco plantas de canábis. Contudo, não é permitido cultivar utilizando lâmpadas como HPS ou LED, pois tal configura uma atividade considerada "comercial", que é ilegal.

História da nederwiet

A jornada da nederwiet começou há milhares de anos na Ásia. No entanto, a primeira referência ao cultivo holandês de canábis remonta a 1955, quando uma variedade sativa foi plantada perto de Utrecht com fins recreativos. Poucos anos depois, já nos anos 60, canábis americana chegou às mãos dos produtores holandeses, dando início a uma enorme transformação. Estirpes como a Northern Lights, um híbrido indica/sativa, trouxeram uma qualidade superior que marcou o desenvolvimento da nederwiet.

O termo “nederwiet” foi usado pela primeira vez num jornal holandês, o 'Het Vrije Volk', a 7 de julho de 1971. O artigo explorava as diferenças entre os climas dos Países Baixos e dos trópicos, realçando as particularidades entre a canábis holandesa e a proveniente de regiões tropicais.

Se alguma vez encontrares uma máquina do tempo, sugerimos que a ajustes diretamente para os anos 70, quando a verdadeira revolução da ganja floresceu nos Países Baixos. Cultivares extraordinários vindos dos EUA foram cruzados com variedades holandesas, dando origem a plantas com sabores, aromas, potência e vivacidade aprimorados — genética excecional que hoje temos o privilégio de experimentar.

Na década de 80, genéticas como Skunk #1, Original Haze e Northern Lights tornaram-se as preferidas entre os apreciadores à procura das melhores sementes de canábis. Na época, estas variedades tinham teores de THC inferiores aos de hoje. Foi então que o lendário banco de sementes Sensi Seeds revolucionou tudo, elevando a nederwiet com técnicas inovadoras e colocando-a no topo do universo da canábis.

Maior potência

A dagens nederwiet não tem nada a ver com aquilo que os hippies fumavam nos anos 70. Atualmente, a potência desta variedade aumentou de forma notável. No passado, o conhecimento sobre o cultivo era limitado e as genéticas não passavam por processos rigorosos de seleção. Assim, os teores de THC situavam-se entre os 4% e 10%.

Já nos anos 80, com o aparecimento de produtores cada vez mais experientes, os níveis de THC subiram em flecha. Em 2004, a potência média da marijuana nos Países Baixos chegava já aos 18%. Nessa altura, o objetivo principal era mesmo aumentar ao máximo o THC.

Atualmente, contudo, começa a haver destaque também para o teor de CBD e CBN nas variedades holandesas. Produtores neerlandeses prestam cada vez mais atenção aos sabores, terpenos, aromas, tempo de floração e a um perfil terapêutico mais diversificado e complexo de canabinóides.

Estudos indicam que a nederwiet moderna é ainda mais forte do que a canábis americana. Talvez por isso muitos artistas tenham sido forçados a cancelar concertos nos Países Baixos devido a "mal-estar súbito". Por isso, se fores experimentar a nederwiet, certifica-te de que o teu dia está livre e começa sempre com doses muito pequenas.

As nossas escolhas holandesas favoritas

A nederwiet revolucionou o mundo, numa autêntica tempestade potente. Muito mais do que uma junção de variedades excecionais, a nederwiet tornou-se parte integrante da cultura holandesa, uma referência que jamais será esquecida. Espreite esta música reggae holandesa dedicada à nederwiet, depois sente-se, relaxe e descubra as variedades que se seguem.

Power Plant (Dutch Passion)

Os tesouros sul-africanos deram origem à impressionante Power Plant, que desde cedo conquistou o apreço e a curiosidade dos verdadeiros fãs de canábis. Basta uma primeira passa para que os apreciadores de sativa se entreguem a esta maravilha. Os níveis elevados de THC e o perfil de terpenos desta variedade elevam a mente e despertam sensações únicas.

A Dutch Passion é uma referência de peso na seleção e criação de canábis de topo. Para quem procura sentir o verdadeiro potencial da nederwiet, a Power Plant é uma aposta certeira. Quer seja cultivada em interior, exterior ou estufa, esta genética proporciona colheitas generosas e qualidade aromática excecional. Plante a Power Plant e dê energia à sua colheita!

White Widow (Zamnesia Seeds)

Se existisse uma estátua para homenagear a lenda do cannabis moderno, a White Widow seria certamente a inspiração. Nos meados dos anos 90 em Amesterdão, este híbrido perfeitamente equilibrado conquistou o mundo do cannabis com os seus níveis elevados de THC. É uma variedade adorada por todos e presença obrigatória nas coffeeshops, onde nunca falta.

Este cruzamento entre indica e sativa descende de um progenitor indica do sul da Índia e uma mãe sativa brasileira. Os prémios atribuídos à White Widow são impressionantes, mas não surpreendentes. Os canabinóides e terpenos desta variedade estão perfeitamente combinados, libertando um aroma intenso a pinho e citrinos que seduz todos os apreciadores.

SUPER SKUNK (SENSI SEEDS)

Será um pássaro? Será um avião? Não, é mesmo a Super Skunk, pronta para conquistar o mundo com os seus superpoderes aromáticos. Sensi Seeds é uma referência no mundo das genéticas de canábis e tem produzido algumas das variedades mais marcantes do mercado. A Super Skunk é resultado do cruzamento entre uma Afghani índica e a famosa Skunk #1.

Muitas variedades de Skunk existem, mas a Super Skunk destaca-se pela sua particularidade. O tempo de floração ronda os 45 a 50 dias, os níveis de THC são elevados e os efeitos são de primeira linha. O seu perfil predominantemente índica proporciona uma sensação relaxante e um efeito corporal intenso, perfeito para momentos de descontração.

Miguel Antonio Ordoñez

Licenciado em Comunicação Social e Media, Miguel Ordoñez é um escritor experiente, com mais de 13 anos de carreira, dedicando-se à área do cânabis desde 2017. Uma investigação contínua e rigorosa, aliada à sua própria experiência, permitiu-lhe desenvolver um profundo conhecimento sobre o tema.

Leia a biografia completa