O reino vegetal está repleto de benefícios! Das plantas recebemos alimentação, cosméticos, remédios e até experiências psicoativas, confirmando o seu imenso valor. Neste artigo, vamos falar sobre a rhodiola, uma planta muito apreciada nas práticas holísticas tradicionais da Rússia, China e Grécia. Alguns acreditam que a raiz desta planta pode contribuir para melhorar a resistência física, a capacidade cognitiva e muito mais.

Vamos conhecer um pouco sobre a história desta planta e analisar algumas investigações que exploram os seus potenciais benefícios para o bem-estar.

O que é a rhodiola?

Rhodiola (Rhodiola rosea) é uma planta com flor que cresce nas regiões do Norte da Europa e da Ásia, conhecida por diversos nomes, como raiz dourada, raiz-rosa e coroa do rei. Esta planta adapta-se bem a grandes altitudes e, na natureza, apresenta uma única flor amarela no topo, juntamente com várias folhas verdes mais abaixo.

A rhodiola é frequentemente vista como uma erva holística, mas é na sua raiz — e não nas folhas ou flores — que se concentram mais de 140 compostos importantes.

Rhodiola e ginseng

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Rhodiola e ginseng

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A rhodiola e a ashwagandha são a mesma coisa?

A rhodiola e a ashwagandha são plantas distintas, provenientes de regiões diferentes. A ashwagandha desenvolve-se em climas mais quentes e secos, como os do Norte de África, Oeste e Sul da Ásia, e tem uma longa tradição de utilização na medicina ayurvédica da Índia.

No entanto, existem alguns pontos em comum entre ambas.

Muitas pessoas acreditam que as duas podem promover a concentração. Por isso, é frequente combinar a ashwagandha com a rhodiola, na esperança de beneficiar das propriedades de ambas as plantas.

História da rhodiola

A rhodiola tem uma história longa e interessante. Da medicina tradicional chinesa à Grécia antiga, passando pela Rússia e até pelas culturas vikings, a raiz dourada foi sempre procurada pelos seus potenciais benefícios.

Normalmente, a raiz de Rhodiola rosea era preparada sob a forma de chá. Devido ao seu valor, era muito apreciada, chegando em alguns casos a provocar invejas e disputas.

Na Rússia, quando uma família descobria rhodiola a crescer, o local era mantido em segredo e a raiz era trocada por bens como comida ou vinho. Na China antiga, comerciantes eram enviados até à Sibéria e regressavam com esta raiz dourada, entre outras iguarias. O mesmo acontecia com comerciantes gregos, que viajavam para norte, até à região que corresponde hoje à Geórgia, para obter rhodiola.

Nalgumas partes do mundo, a rhodiola é menos conhecida. Contudo, na Rússia tornou-se um suplemento muito popular e continua a ser amplamente consumida no último século. Agora, está também a ganhar destaque na Europa Ocidental.

Quais são os possíveis benefícios da rhodiola?

A rhodiola é frequentemente destacada pelos seus possíveis benefícios, mas ainda faltam provas científicas que confirmem a maioria destas alegações. Ainda assim, analisamos de seguida o que a investigação indica até ao momento acerca do impacto da raiz de rhodiola no organismo.

Rhodiola e o stress

Num estudo realizado em 2018, investigadores administraram extrato de rhodiola a participantes que sofriam de esgotamento associado ao stress, no sentido de avaliar se a planta apresentava efeitos significativos (Kasper e Dienel). Durante 12 semanas, 118 participantes tomaram 400mg de rhodiola diariamente. Foi observada uma alteração estatisticamente relevante, sobretudo na primeira semana, sendo que essas melhorias se mantiveram ao longo de todo o estudo.

Importa referir que este estudo não contou com um grupo de controlo placebo, pelo que não é possível afirmar de forma inequívoca que as mudanças se deveram exclusivamente à rhodiola.

Rhodiola e fadiga

A rodiola era frequentemente utilizada em práticas tradicionais por pessoas que sentiam fadiga, e existem atualmente alguns estudos científicos que analisam o tema de forma mais aprofundada.

Num estudo realizado em 2017, um grupo de participantes recebeu diariamente 400mg de rodiola, com o objetivo de avaliar o impacto desta raiz no combate à fadiga (Lekomtseva, Zhukova e Wacker). Tal como em investigações anteriores, os resultados mais evidentes foram registados logo na primeira semana e mantiveram-se ao longo das oito semanas de acompanhamento.

Rodiola na memória e cognição

Estudos em animais indicam que a rodiola pode influenciar a função da memória e as capacidades cognitivas. Uma análise de 2018 avaliou 36 estudos realizados em animais e concluiu que a rodiola demonstrou ter algum impacto sobre a memória (Ma et al.).

Além disso, uma revisão científica de 2019 sugere que a rodiola deve ser investigada como potencial apoio no combate a doenças relacionadas com a idade, como Alzheimer e Parkinson (Zhuang et al.).

A rodiola é segura para consumo?

No geral, a rhodiola é considerada um suplemento seguro quando consumido por adultos saudáveis, especialmente se respeitar a dosagem recomendada e o tempo de utilização sugerido. Contudo, uma vez que o mercado de suplementos é vasto e nem sempre regulado, é possível que alguns produtos incluam ingredientes indesejados ou não contenham a substância anunciada. Por isso, é fundamental adquirir rhodiola apenas através de vendedores de confiança.

Se estiver grávida, a amamentar, ou se tomar qualquer medicação, consulte um profissional de saúde antes de iniciar a suplementação com rhodiola. Não existem dados suficientes sobre a segurança nestas situações nem sobre possíveis interações medicamentosas, pelo que a precaução é aconselhada.

Existem efeitos secundários associados ao uso da rhodiola?

A Rhodiola não apresenta efeitos secundários graves conhecidos. No entanto, podem surgir alguns efeitos ligeiros, como:

• Tonturas
• Boca seca
• Dificuldade em dormir
• Sensação de nervosismo

Muitas pessoas recorrem à rhodiola para combater a fadiga, pelo que é aconselhável tomá-la nas primeiras horas do dia, para evitar eventuais problemas de sono. Além disso, existem indícios de que pessoas com ansiedade podem sentir um aumento da agitação ao tomar rhodiola.

A rhodiola aparece num teste de drogas?

Não, os testes de drogas não detetam os metabolitos produzidos pela rodiola. Além disso, a rodiola não é considerada uma droga. Pelo que se sabe, não provoca resultados falsos positivos em qualquer teste de substâncias.

Como pode experimentar a rodiola?

Como podes experimentar a rhodiola?

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Max Sargent

O Max dedica-se à escrita há mais de dez anos e, nos últimos tempos, concentrou-se no jornalismo sobre canábis e psicadélicos. Ao colaborar com empresas como a Zamnesia, Royal Queen Seeds, Cannaconnection, Gorilla Seeds, MushMagic, entre outras, adquiriu uma vasta experiência em diferentes áreas deste setor.

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