Quais são os países que mais consomem cannabis? [Atualização 2025]

Quando se pensa em países conhecidos pelo consumo de canábis, muitos lembram-se logo dos Países Baixos, sobretudo pela fama de Amesterdão e dos seus famosos coffeeshops. No entanto, poderá surpreender saber que apenas cerca de 8% dos holandeses consome canábis. Então, afinal, quais são realmente os países onde mais se fuma erva?

Para responder a esta questão, olhamos para o consumo de canábis per capita, em vez do volume total consumido, pois de outra forma os países com populações maiores acabariam por liderar a lista. O que nos interessa, no fundo, é saber onde se encontram os maiores apreciadores de canábis por habitante.

É claro que, como em qualquer grande estudo, há sempre questões metodológicas a considerar. Devido às diferentes legalidades da canábis pelo mundo fora, é provável que algumas destas estatísticas estejam algo enviesadas. Ainda assim, conseguimos ter uma ideia aproximada da percentagem de consumidores em cada país.

Quais os países onde mais se gosta de canábis?

Os nossos dados têm por base a prevalência anual do consumo de canábis entre os 15 e os 64 anos, ou seja, a percentagem de pessoas nesta faixa etária que consumiram canábis pelo menos uma vez ao longo do último ano. Estas estatísticas foram recolhidas do Relatório Mundial sobre Drogas publicado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, que, por sua vez, compilou a informação a partir de diversas fontes, procurando assim apresentar uma visão fiel do panorama global do consumo de canábis.

A tabela seguinte mostra os dez países com maior consumo de canábis per capita no mundo — e alguns destes resultados podem surpreender! O Chile surge destacado na liderança, com mais de um terço da população a admitir o consumo anual de canábis, seguindo-se o Canadá, algo talvez já esperado. Mas quem diria que a Papua-Nova Guiné ficaria logo atrás no terceiro lugar? E surpreendentemente, a Holanda nem sequer aparece na lista!

Mudança nas formas de consumo

Em tempos idos, fumar cannabis era praticamente a única forma de a consumir — fosse num cigarro enrolado ou num bong — ou, ocasionalmente, preparar alguns comestíveis. Alguns sortudos ainda conseguiam pôr as mãos em haxixe, mas geralmente numa forma bem básica. Porém, à medida que a modernidade avança, surgiram inúmeras novas maneiras de consumir cannabis, tornando-a muito mais acessível. A popularização de vaporizadores, concentrados e dabbing proporcionou alternativas perfeitas para quem prefere não fumar.

Além disso, os métodos modernos de cruzamento e extração permitem encontrar produtos que correspondem exatamente ao que cada pessoa procura. Se pretende uma sativa extra forte, é possível encontrar. Se prefere um concentrado rico em CBD, também não faltam opções à escolha. Esta variedade, aliada à qualidade cada vez superior dos produtos, faz com que já ninguém precise de se contentar com cannabis de má qualidade para usufruir dos seus efeitos.

O consumo de cannabis pelo mundo

Está claro que o consumo de canábis não está tão associado à Europa Ocidental e à América do Norte como muitos de nós poderíamos pensar. De facto, o uso de canábis estende-se por todo o mundo e desde tempos remotos.

É provável que o recente aumento de produtos à base de canábis tenha contribuído para um crescimento no consumo e ajudado a remover o estigma que existe em torno do seu uso fora de determinados grupos sociais. Este fenómeno é entusiasmante, pois, à medida que mais pessoas consomem canábis abertamente, há mais oportunidades para explorar e aprender sobre esta planta.

Luke Sumpter

Detentor de uma licenciatura em Ciências da Saúde Clínica, Luke Sumpter dedica-se há mais de sete anos ao jornalismo e à escrita, explorando a ligação entre a ciência e o mundo da canábis, unido pela sua paixão pelo cultivo de plantas.

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