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All The Different Ways To Consume Cannabis
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Todas as formas de consumir canábis

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Aqui encontra uma lista completa de todos os métodos de aplicação e consumo de canábis. Entre e descubra as várias formas como a nossa valiosa marijuana pode ser utilizada.

A cannabis é uma planta bastante versátil, podendo ser utilizada de múltiplas formas. Pode-se fumar a conhecida OG Kush, vaporizar variedades como a sativa-dominante Lemon Haze, ou até aplicar cremes e loções infundidos com cannabis diretamente na pele.

Já pensou quais são os métodos de consumo de cannabis mais procurados? Embora não exista uma "melhor" forma, pois tudo depende da preferência pessoal, compilámos aqui as principais formas de consumir e aplicar cannabis. Indicamos também as principais vantagens e desvantagens de cada uma, para que possa compará-las facilmente—e a verdade é que não faltam opções para desfrutar da sua erva favorita.

As formas mais populares de consumir cannabis (Infografia)

Existem inúmeras formas de consumir cannabis, sendo algumas mais comuns do que outras. Quando se fala em cannabis, a primeira imagem que surge costuma ser fumar, que de facto permanece como o método mais popular. Em seguida vêm as cápsulas e os comestíveis, conhecidos por proporcionarem efeitos mais intensos e prolongados, embora demorem mais a manifestar-se.

Em quarto lugar surge a vaporização da planta, uma alternativa que muitos procuram para evitar a agressividade da combustão, beneficiando ainda de uma utilização mais discreta. Outro método apreciado são as tinturas, cuja utilização é simples e prática graças ao conta-gotas, sendo ideais para consumo em qualquer lugar.

Os métodos menos populares incluem as bebidas e os produtos tópicos. Isso não quer dizer que não sejam eficazes; com tantas alternativas, a escolha é vasta! No fundo, tudo depende daquilo que pretende e da experiência que procura com a cannabis.

Guia sobre métodos de consumo de cannabis

Tendo isso em conta, vamos analisar individualmente cada um destes métodos de consumo e perceber o que cada um tem para oferecer. Não importa se és completamente novo no mundo da canábis ou não, não te preocupes! Damos-te todo o apoio. Em pouco tempo, vais estar informado e a desfrutar da erva da forma que preferires.

Cigarros, puros e misturas (Joints, blunts e spliffs)

Joints, Blunts, And Spliffs

A forma mais tradicional de consumir canábis é através de um cigarro, spliff ou blunt. O spliff é enrolado com folhas finas próprias para fumar, canábis e tabaco. Apesar de não se recomendar o consumo de tabaco, muita gente prefere misturá-lo com a erva, já que hoje em dia a canábis pode ser bastante forte. O cigarro, por sua vez, é um spliff sem tabaco — perfeito para apreciar todo o sabor da planta, embora possa ser bastante intenso.

Se quer experimentar, este é um guia para enrolar o cigarro perfeito. O blunt é feito com folhas espessas de charuto — é o estilo preferido do Snoop Dogg. Visualmente são muito apelativos e normalmente partilhados por várias pessoas num círculo de amigos.

Cachimbos de canábis

Fumar erva de qualidade numa pipa é uma tradição com séculos de história. As pipas clássicas, muitas vezes pequenas e consideradas como “souvenirs”, costumam trazer uma folha de canábis ou o rosto de Bob Marley estampado. Existem pipas para todos os gostos e feitios: de metal, vidro, madeira, feitas de fruta e até um modelo inspirado na pipa do Gandalf. Sim, é mesmo com esse tipo de pipa mágica que Gandalf aparecia a fumar.

A grande vantagem de utilizar uma pipa é a simplicidade: só precisas da pipa, de um isqueiro e da erva para começares a desfrutar. No entanto, o maior inconveniente é ter de limpar o interior da pipa, pois suja-se e entope rapidamente. Além disso, para quem vê de fora, pode dar a falsa impressão de que estás a fumar algo mais forte.

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CHILLUMS

Fumar canábis num chillum é uma tradição com séculos na Índia. O chillum trata-se, basicamente, de um cone feito em cerâmica ou vidro. A erva é colocada numa das extremidades e, com as duas mãos, controla-se a intensidade do fumo inalado. Fora da Índia, esta técnica é pouco utilizada e pode ser algo complexa até se dominar. Ainda assim, para quem pretende experimentar fumar como os sadhus devotos de Shiva, o chillum é a escolha ideal.

Bongs

Bongs

Fumar com bong é uma das formas mais populares de consumir cannabis. Basta colocar um pouco de água no bong, acender a erva de lado e inalar o fumo. Ao libertar o buraco lateral (também chamado de ‘shotgun’) enquanto inspira, o fumo entra rapidamente nos pulmões. Os bongs podem ser feitos em acrílico, vidro ou cerâmica, mas também podes optar por frutas e legumes — uma solução engraçada, especialmente para quem segue um estilo de vida vegetariano. Adicionar algumas pedras de gelo ao bong ajuda a arrefecer o fumo, tornando o consumo mais suave. Normalmente, cada inalação proporciona um efeito bem intenso, o que pode surpreender quem está a começar.

Comestíveis de cannabis

Os comestíveis são, provavelmente, a forma mais saborosa de desfrutar da canábis. Para que a erva produza o seu efeito psicoativo, é necessário descarboxilá-la, convertendo o THCA em THC. Como os canabinóides ligam-se normalmente a gorduras, o processo de descarboxilação costuma envolver a mistura da canábis com óleos vegetais ou manteiga aquecidos. Muitos utilizadores medicinais preferem os comestíveis, já que os efeitos tendem a ser mais duradouros e intensos, com uma sensação narcótica mais pronunciada.

Para preparar manteiga de canábis, basta ferver manteiga, canábis e água durante cerca de 3 horas, coar a mistura e levá-la ao frigorífico. No final, forma-se uma camada de manteiga de canábis que é amplamente valorizada. Óleos infusionados, brownies de canábis, bolachas, caril — praticamente qualquer prato pode receber um toque canábico. Os comestíveis são fantásticos, pois permitem juntar o prazer da comida ao consumo de canábis. Além disso, as doses podem ser controladas com precisão — algo muito relevante para quem recorre à canábis com fins terapêuticos. O único senão é que, por vezes, as pessoas exageram na dose, acabam por se sentir demasiado afetadas, com náuseas e, ocasionalmente, até entram na onda anti-legalização.

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Bebidas com infusão de canábis

Bebidas com infusão de cannabis

As bebidas com infusão de cannabis são uma opção inovadora para quem aprecia edibles em forma líquida. Combinar fruta com cannabis resulta num sabor irresistível. Como a canábis necessita de ser descarboxilada, habitualmente é aquecida juntamente com leite ou natas antes de ser incorporada em café, bhang lassis, batidos ou outras bebidas. Ao preparar chá de cannabis, adicionar uma pequena quantidade de manteiga permite que os canabinóides se liguem à gordura.

Também é possível preparar bebidas alcoólicas com cannabis. Basta misturar cannabis moída com álcool num frasco hermético, guardando-o num local escuro e fresco durante um período entre 2 e 60 dias. O álcool infundido pode depois ser utilizado em vários cocktails, proporcionando uma experiência simultânea de álcool e cannabis. Embora seja saboroso, é importante consumir com moderação para evitar excessos.

VAPORIZAÇÃO

Vaporizar canábis tornou-se uma tendência nos últimos anos, pois é considerado uma opção muito mais suave e segura em comparação com fumar. Vaporizar consiste em aquecer a planta entre cerca de 160 e 220°C, libertando assim os canabinóides e terpenos desejados sem que a erva entre em combustão.

Atualmente, existem vaporizadores sofisticados no mercado, baseados em tecnologia de convecção ou condução. Estes equipamentos podem ser de secretária ou portáteis, e adequados para vaporizar erva seca, óleos ou ambos. Há centenas de modelos diferentes, cada um com funções distintas. Com os vaporizadores, é possível saborear os aromas da canábis em pleno. Contudo, o preço destes dispositivos tende a ser elevado, além de exigirem alguma manutenção e limpeza regular.

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Dispositivos caseiros

Os dispositivos caseiros constituem mais uma forma de consumo, refletindo a criatividade dos consumidores e engenheiros de canábis. Enquanto uns conseguem construir aviões ou afundar bolas de basquetebol, outros têm talento para criar cachimbos a partir de qualquer objeto. Pode-se improvisar um cachimbo usando uma banana, um abacate ou uma maçã; montar um bong gravidade recorrendo a um balde e a um saco de plástico, ou até transformar uma lâmpada num vaporizador — as opções são praticamente infinitas.

O melhor dos dispositivos para fumar feitos em casa é que proporcionam momentos divertidos a montar e podem ser a solução ideal quando alguém se esquece do seu equipamento habitual. Por outro lado, podem demorar algum tempo a serem feitos e a qualidade da experiência pode variar, dependendo da construção do dispositivo e dos materiais escolhidos.

DABBING

Dabbing

Dabbing é o consumo de concentrados de canábis através de uma dab rig. Primeiro, o prego de metal ou quartzo é aquecido com um maçarico; depois, utiliza-se uma ferramenta própria para aplicar o concentrado no prego quente. O calor faz com que o concentrado derreta, transformando-se em vapor para ser inalado.

Existem também dab rigs eléctricas de nova geração, embora algumas não ofereçam a melhor experiência de utilização. O dabbing é apreciado por quem procura efeitos muito intensos, pois a maioria dos concentrados apresenta teores de THC superiores a 60%, podendo mesmo ultrapassar os 90%. Contudo, para utilizadores menos experientes, os efeitos podem ser demasiado fortes e um pouco avassaladores.

Sublingual (óleo de canábis, cristais de CBD, tinturas)

A aplicação sublingual de canábis é ideal para quem prefere evitar fumar, vaporizar ou ingerir comestíveis. Óleos descarboxilados podem ser colocados debaixo da língua, desde que apresentem uma textura líquida e oleosa. Óleos alimentares infusionados com canábis e cristais de CBD também são adequados para este método. O organismo absorve rapidamente os canabinóides e outros compostos presentes na planta.

Consumir canábis por via sublingual é bastante prático, pois é um método rápido: basta colocar algumas gotas sob a língua e está feito. No entanto, existe o risco de ingerir uma dose elevada facilmente, visto que as tinturas e os óleos podem ser bastante concentrados.

Canábis em cru

A cannabis em estado natural também pode ser consumida, mas não provoca efeitos psicoactivos. Como não foi descarboxilada, apresenta elevadas quantidades de THCA e CBDA. Adicionar um pouco de cannabis crua a um batido saudável pode ser uma forma saborosa de inovar na cozinha. No entanto, não se registam efeitos psicoactivos e algumas pessoas não apreciam o sabor intenso a planta.

Tópicos/cosméticos

Produtos tópicos e cosméticos à base de canábis

Os cremes tópicos são utilizados para tratar vários problemas de pele ou simplesmente para manter a pele saudável e hidratada. Atualmente, muitas marcas estão a incorporar canabinóides nestes produtos. A nossa pele contém recetores CB2, que são ativados quando entram em contacto com os canabinóides presentes na canábis. Este método não provoca efeitos psicoativos, mesmo que os produtos tópicos contenham THC.

Outras formas de consumo medicinal

Existem alguns métodos e aplicações de canábis que são pouco comuns. Em ambiente hospitalar, os profissionais de saúde podem administrar canábis por via intravenosa, recorrendo a preparados específicos e devidamente controlados. É importante nunca tentar injetar canábis por iniciativa própria, pois tal atitude representa sérios riscos para a saúde. Outro método menos habitual são os supositórios, habitualmente compostos por canábis e manteiga de coco. Acresce ainda a existência de sprays farmacêuticos como o Sativex, pastilhas elásticas de canábis, entre outras alternativas.

Uma grande diversidade de opções

Existem inúmeras formas de os seres humanos consumirem e utilizarem produtos de canábis. O futuro trará certamente novos produtos que nos permitirão explorar ainda mais o verdadeiro potencial da canábis. Por isso, escolha a sua forma preferida de consumo, envolva-se neste universo e aproveite uma vida mais plena.

Steven Voser
Steven Voser
Steven Voser é um jornalista independente especializado em canábis, com mais de seis anos de experiência a escrever sobre todos os aspetos da planta: desde os métodos de cultivo, às melhores formas de consumo, passando ainda pelo dinâmico setor e pelo complexo enquadramento legal que o envolve.
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