Top 10 superalimentos raros para potenciar o bem-estar

Os superalimentos recebem grande destaque nos meios de comunicação, com produtores e lojas a fazerem promessas ousadas sobre o seu poder para melhorar a saúde e até curar doenças. Apesar de muitas destas afirmações serem exageradas, há de facto algum fundamento nelas. Vários superalimentos podem ser uma excelente adição a uma dieta equilibrada e a um estilo de vida saudável. Neste artigo, vamos dar a conhecer alguns dos superalimentos mais nutritivos do mundo.

O que são superalimentos?

O termo "superalimento" é frequentemente utilizado para descrever alimentos ou suplementos com elevado valor nutricional ou alegados benefícios para a saúde. Apesar de não existir uma definição legal rigorosa do que é um superalimento, normalmente estes produtos são:

• De origem natural
• De base vegetal
• Ricos em vitaminas, minerais e antioxidantes
• Fontes importantes de nutrientes essenciais como proteína e fibra
• Pobres em calorias

Importa referir que os superalimentos não são, de todo, uma cura para todas as doenças; não conseguem prevenir problemas de saúde por si só, e são necessários mais estudos para compreender realmente o seu impacto. No entanto, são uma excelente opção para complementar um estilo de vida e uma alimentação já saudáveis.

Os 10 superalimentos raros mais destacados

Gostaria de descobrir o fascinante universo dos superalimentos? Abaixo apresentamos 10 exemplos de superalimentos raros provenientes de todos os cantos do mundo.

1. Pó de baobá

Conhecida como a "árvore do macaco" (pois é um dos frutos preferidos destes animais), a baobab é uma árvore originária de Madagáscar, África continental e Austrália. É uma espécie milenar, que produz grandes flores cuja fase reprodutiva dura apenas 15 horas. Após serem polinizadas, desenvolvem um fruto grande, de forma oval e semelhante a uma baga, com sementes castanhas em forma de rim.

O polpa e as sementes do baobab são consideradas dos alimentos mais ricos em nutrientes do mundo, fornecendo hidratos de carbono não refinados, fibra em abundância e uma grande variedade de vitaminas e minerais. Por exemplo, o baobab possui cerca de 5 a 6 vezes mais vitamina C do que uma laranja, além de ser fonte de tiamina, cálcio, ferro e outros micronutrientes. O pó de baobab é obtido a partir da polpa 100% natural do fruto e possui um sabor cítrico muito leve, tornando-o ideal para ser adicionado a batidos, sumos, iogurtes, sobremesas e saladas de fruta.

Baobab em pó biológico

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Baobab em pó biológico

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2. Bagas goji

Apesar de pequenas, as bagas de goji destacam-se pelo seu elevado valor nutricional, razão pela qual são utilizadas há séculos na nutrição tradicional asiática e em práticas holísticas. Provenientes do arbusto Lycium barbarum — nativo da China, mas atualmente cultivado em toda a Ásia —, estas bagas secas apresentam uma textura macia e um sabor agridoce, adaptando-se tanto a pratos doces como salgados, desde granola a caril e bolos. O pó de goji, com um paladar semelhante, é ideal para adicionar a batidos ou sumos como suplemento. A reputação das bagas de goji deve-se à variedade de nutrientes, vitaminas, minerais e antioxidantes que contêm. Uma colher de sopa é especialmente rica em fibra, vitamina A, vitamina C e ferro, o que faz destas bagas uma opção valiosa para qualquer alimentação equilibrada. Importa referir que as bagas de goji apresentam, naturalmente, um teor elevado de açúcar.

3. Moringa

Moringa oleifera é uma árvore originária do subcontinente indiano, embora também se encontre nos Himalaias e em várias regiões de África. Pode atingir até 12 metros de altura, tem um tronco de tamanho médio, ramos finos e folhas pequenas de um verde vibrante, semelhantes a penas. Produz ainda flores perfumadas de tonalidade branco-amarelada e longas vagens com sementes. Na Índia e zonas vizinhas, a moringa é amplamente utilizada na gastronomia local, sendo valorizada pelas suas propriedades nutritivas. As folhas são a parte mais rica da planta, fornecendo concentrações elevadas de vitaminas A, B, C e K, manganês, proteína e cálcio. É ainda uma excelente fonte natural de ferro, magnésio e aminoácidos. As sementes, as vagens, as flores e as raízes também são consumidas em diversas partes do mundo, embora tenham um teor nutricional algo inferior. O pó de moringa é obtido a partir das folhas secas e trituradas, podendo ser misturado em água, sumos ou batidos para um reforço nutricional simples e prático.

Moringa (Moringa oleifera) em pó biológico

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Moringa (Moringa oleifera) em pó biológico

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4. Cúrcuma

O açafrão-da-índia não serve apenas para dar cor aos caris — é um ingrediente milenar na medicina ayurvédica, siddha e na naturopatia chinesa. Esta especiaria de tom intenso provém da Curcuma longa, uma planta aparentada com o gengibre que cresce um pouco por toda a Índia e em várias regiões da Ásia. Nos últimos anos, o açafrão-da-índia tem ganho fama no Ocidente devido aos seus potenciais benefícios para o bem-estar. O seu principal composto ativo, a curcumina — responsável também pela cor amarela viva —, corresponde apenas a 1–6% da especiaria, mas a investigação mostra que tem propriedades antioxidantes significativas. Contudo, a curcumina é de difícil absorção pelo organismo, por isso, recomenda-se o consumo em concentração superior, por exemplo sob a forma de suplemento, em vez de apenas como tempero. Para potenciar a absorção, deve ser consumido com pimenta-preta, que contém piperina.

Curcuma (Curcuma longa) em pó biológica

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Curcuma (Curcuma longa) em pó biológica

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5. Bagas de açaí

As bagas de açaí provêm da palmeira do açaí, originária das zonas pantanosas e áreas alagadas da Amazónia brasileira. Este fruto, semelhante a uvas pequenas, foi apelidado de "superfruto" pelo elevado valor nutricional. Os povos indígenas da Amazónia já utilizam as bagas de açaí há gerações como fonte principal de alimento, fornecendo gorduras saudáveis, hidratos de carbono, fibra e uma vasta gama de minerais essenciais. Atualmente, este superalimento continua a fazer parte da alimentação local na Amazónia, frequentemente sob a forma de uma pasta escura e roxa. Apesar de ter sido alvo de campanhas publicitárias duvidosas no passado, com alegações exageradas e testemunhos pouco fiáveis, o açaí permanece uma excelente escolha para integrar uma dieta equilibrada e saudável. Normalmente, o pó de açaí é produzido a partir de puré do fruto, posteriormente liofilizado, resultando num pó roxo intenso pronto a usar em saladas de fruta, batidos, sumos, iogurtes e sobremesas.

Acai liofilizado biológico

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Acai liofilizado biológico

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6. Sementes de cânhamo

O cânhamo é uma das plantas que mais rapidamente cresce no mundo e terá sido, provavelmente, uma das primeiras culturas cultivadas pelo ser humano. Tem também uma longa tradição de utilização na medicina chinesa tradicional, com mais de 3.000 anos de história. Para além das flores com propriedades psicoativas e dos caules fibrosos, as plantas de cânhamo (Cannabis sativa) produzem ainda sementes altamente nutritivas em grande quantidade—uma única planta pode gerar milhares de sementes, consoante o seu tamanho. Apesar de serem tecnicamente consideradas frutos secos, as sementes de cânhamo são uma excelente adição a qualquer alimentação equilibrada. São compostas por mais de 30% de gordura e são especialmente ricas em ómega-3 e ómega-6. Consideradas uma fonte de proteína de alta qualidade, superam mesmo as sementes de chia e de linhaça. Além disso, são uma ótima fonte de vitamina E, fósforo, potássio, sódio, magnésio, enxofre, cálcio, ferro e zinco. Podem ser consumidas cruas para manterem a maioria dos nutrientes, ou adicionadas a refeições quentes. São ideais para misturar em taças de granola e barras, muesli, iogurtes, saladas e caril. Muitos optam ainda por juntar sementes de cânhamo a pratos de quinoa, tabule, e muito mais!

Sementes de cânhamo biológicas inteiras

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Sementes de cânhamo biológicas inteiras

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7. Goldenberries

Physalis dourada (também conhecida como baga-do-Inca, fisális peruana ou groselha-do-cabo) é mais um superalimento originário das Américas. Ligeiramente mais pequenas do que tomates-cereja, estas bagas crescem envoltas numa película fina de papel, própria da planta Physalis peruviana, pertencente à família das solanáceas. O consumo desta fruta remonta ao Império Inca, embora também tenha sido cultivada em Inglaterra, na África do Sul e em várias regiões do Pacífico. Produzindo frutos redondos e dourados, que fazem lembrar pequenos tomates amarelos, a physalis dourada é um snack delicioso por si só, e combina na perfeição com diversos pratos doces ou salgados. Por cada 100g de fruto seco, encontramos apenas 280 calorias, 15% de fibra, 65% de hidratos de carbono não refinados e 7% de proteína. Além disso, é uma ótima fonte de vitamina A, B1, B2 e B3.

Bagas douradas biológicas

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Bagas douradas biológicas

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8. Amaranto

O amaranto é um grão nutritivo com um sabor agradável, originário do Novo Mundo, onde foi um dos alimentos-base das civilizações inca, maia e asteca. Não se trata apenas de uma planta, mas de mais de 60 espécies do género Amaranthus, que têm sido cultivadas e consumidas como fonte de alimento ao longo de milhares de anos. O amaranto foi especialmente importante para os astecas, constituindo uma das suas principais fontes de sustento. Hoje em dia, continua a ser um ingrediente fundamental na gastronomia mexicana e é apreciado em várias partes do mundo, como na Índia, Indonésia, Filipinas e Grécia. Muito valorizado pelo seu elevado valor nutricional, o amaranto contém até 58% de hidratos de carbono complexos, 14% de proteína vegetal, 7% de fibra e 7% de gordura. Apresenta ainda uma variedade significativa de vitaminas como B1, B2, B3, B5, C e E. Em termos de minerais, destaca-se pelas quantidades de manganês, fósforo, magnésio, ferro e cálcio. Além disso, o amaranto é naturalmente isento de glúten, o que o torna uma excelente opção para pessoas com restrições alimentares.

9. Spirulina

A spirulina é um dos suplementos mais populares a nível mundial, e não é por acaso. Proveniente de três espécies de algas verdes, já era utilizada como fonte alimentar pelos astecas e por outras antigas civilizações sul-americanas (à semelhança do amaranto e das goldenberries). Atualmente, a spirulina é consumida em várias regiões do mundo, incluindo África. O seu destaque no universo dos superalimentos e suplementos de saúde deve-se à impressionante riqueza nutricional que apresenta. Mais de 50% da sua composição corresponde a proteína de elevada qualidade e contém todos os aminoácidos essenciais. Entre os seus nutrientes destacam-se gorduras mono e polinsaturadas, bem como hidratos de carbono integrais. A spirulina é também uma excelente fonte de ferro, manganês e magnésio, além de oferecer várias vitaminas, incluindo as do complexo B (B1–3, B5, B6, B12), C, E e K. Importa lembrar, contudo, que existem alguns riscos associados à contaminação por bactérias produtoras de microcistinas — toxinas que podem provocar efeitos adversos. Por isso, é fundamental garantir que adquire sempre spirulina de alta qualidade e de confiança.

Spirulina em pó biológica

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Spirulina em pó biológica

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10. Camu camu

O camu camu, ou Myrciaria dubia, é uma pequena árvore arbustiva que cresce junto às margens dos rios nas regiões amazónicas do Peru, Bolívia, Colômbia, Equador e Brasil. Este arbusto produz frutos pequenos e ácidos, semelhantes a uma mistura de cerejas com ameixas. Rico em nutrientes e pobre em calorias, o camu camu tem vindo a ganhar popularidade a nível global, embora o seu sabor intenso e ácido possa não agradar a todos. Por isso, a maioria dos suplementos de camu camu apresenta-se sob a forma de pó, fácil de incorporar em batidos, sumos, iogurtes ou outros alimentos para disfarçar o sabor. O camu camu destaca-se pelo seu elevado teor de vitamina C, sendo ainda fonte de diversos minerais.

Experimente estes superalimentos hoje

E aqui está: uma seleção dos nossos superalimentos favoritos de todo o mundo— muitos deles disponíveis na Healthshop da Zamnesia. Se procura formas inovadoras de potenciar a absorção de nutrientes e promover o seu bem-estar, não deixe de conhecer os alimentos recomendados acima. Apenas lembre-se de que os superalimentos não são soluções milagrosas e devem ser vistos como complementos a uma alimentação e estilo de vida equilibrados.

Steven Voser

Steven Voser é um jornalista independente especializado em canábis, com mais de seis anos de experiência a escrever sobre todos os aspetos da planta: desde os métodos de cultivo, às melhores formas de consumo, passando ainda pelo dinâmico setor e pelo complexo enquadramento legal que o envolve.

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