
O "high" causado pelo vape tende a ser mais limpo e suave em comparação com o proporcionado pelo fumo tradicional. Normalmente, ao vaporizar, sente-se uma maior clareza mental e um efeito menos pesado no corpo, enquanto fumar gera sensações mais intensas
Hoje em dia, embora fumar continue a ser a opção tradicional, o consumo por vaporização está a ganhar cada vez mais adeptos. Esta mudança tem gerado um debate alargado entre utilizadores acerca das diferenças entre os dois métodos. Apesar de os efeitos serem, na maioria dos casos, semelhantes, existem diferenças importantes. Continue a ler para saber mais sobre as distinções em termos de intensidade, clareza e rapidez do efeito.
Tal como temos as nossas variedades preferidas de canábis, também cada um de nós tem a sua forma favorita de as consumir. Hoje em dia, para além de enrolarmos cigarros de canábis e enchermos cachimbos, já podemos desfrutar de vaporizadores, comestíveis e até cremes. Mesmo assim, fumar e vaporizar continuam a ser, de longe, as formas mais procuradas.
À primeira vista, pode parecer que não existem grandes diferenças entre fumar e vaporizar, mas a verdade é que as sensações são bastante distintas. Isto torna-se ainda mais evidente quando pensamos nos efeitos do "high" sentido em cada uma das experiências. Por isso, vale a pena analisar as diferenças subtis entre o vaporizar e o fumar canábis, bem como comparar os efeitos que cada método proporciona.
A diferença entre fumar e vaporizar
Antes de explorarmos as diferenças entre o efeito de vaporizar canábis e o de fumar, é importante perceber alguns dos outros contrastes entre estas duas formas de consumo.
Ainda há muita discussão sobre qual das formas será mais benéfica para a saúde. A questão não reside tanto na planta em si, mas sim no processo de combustão que ocorre ao acender um cigarro ou charro. Ao vaporizar, a erva é aquecida a uma temperatura muito inferior à de uma chama, tornando-se menos agressiva para a garganta e para os pulmões. Além disso, ao contrário do que habitualmente acontece ao enrolar um charro, não é necessária a adição de tabaco quando se utiliza um vaporizador.
Outro ponto a destacar é que, embora possa acontecer, é menos provável que fique com boca seca ao vaporizar. O odor que resulta da vaporização também tende a ser bastante menos intenso, o que é útil para quem pretende ser discreto. Por outro lado, poderá ser uma desvantagem para quem aprecia desfrutar do aroma tradicional.
Vaporizar vs fumar: as sensações
Em ambos os casos, podes contar com uma dose agradável de THC. No geral, os efeitos provocados por vaporização ou combustão não são assim tão distintos. Ainda assim, quem já experimentou as duas formas costuma afirmar que existem sensações diferentes.
Grande parte dessa diferença resulta da sensibilidade e preferência pessoal de cada um. No entanto, como vamos explicar mais à frente, certos compostos químicos presentes em cada método são responsáveis por sensações distintas. No fim de contas, a escolha entre um e outro depende exclusivamente do teu gosto pessoal.
Potência do efeito
O efeito entourage ainda é considerado sobretudo uma teoria, mas investigações recentes[1] indicam que há fundamentos para acreditar no seu impacto. Em termos simples, a ideia é que todos os canabinoides e terpenos presentes na planta interagem e potenciam o efeito uns dos outros.
Apesar de este efeito ser frequentemente analisado em contexto medicinal, começa também a ser notório nas diferenças entre tipos de efeito. Por exemplo, num estudo realizado em 2018, quando consumidores ocasionais receberam a mesma dose de THC, quem optou pela vaporização relatou efeitos mais intensos do que quem fumou. Para afastar a hipótese de ser apenas um efeito placebo, os investigadores confirmaram que os utilizadores do vaporizador apresentavam concentrações de THC mais elevadas no sangue face aos fumadores.
Embora seja preciso realizar estudos mais amplos para chegar a conclusões definitivas, esta teoria faz sentido quando consideramos o efeito entourage. Ao queimar a cannabis, muitos dos canabinoides e terpenos perdem-se com o calor, antes mesmo de serem aproveitados. Por outro lado, ao vaporizar, estes compostos são descarboxilados sem serem destruídos pelo fogo, permitindo usufruir da gama completa de compostos do seu bud ou concentrado.
Clareza do efeito
Muitos utilizadores referem também que o efeito obtido através de um vaporizador é mais puro e nítido do que aquele proporcionado por um bong, charro ou cigarro enrolado. Embora ainda sejam necessários mais estudos para fundamentar esta perceção, a explicação encontra respaldo no que acontece à canábis quando sujeita a temperaturas excessivas.
Com efeito, acima dos 200ºC (392ºF), a canábis começa a libertar algumas toxinas, como o dióxido de carbono e fumos cancerígenos. Estas substâncias não só contribuem para sensações de sonolência, apatia e confusão associadas ao consumo tradicional por combustão, como representam também riscos acrescidos para a saúde. Seria ideal poder controlar a temperatura de um cigarro ou charro, mas só os vaporizadores permitem essa regulação. Além de evitares o contacto com o fumo, podes ainda explorar diferentes temperaturas para ativar canabinoides e terpenos que de outra forma passariam despercebidos.
Duração do efeito
Ao falar da "duração" do efeito, é importante considerar tanto a rapidez com que se faz sentir como o tempo que permanece ativo. Os vaporizadores, graças aos ajustes de temperatura, oferecem maior controlo sobre a intensidade de cada dose. Isto significa que o efeito sentido com o vape pode ser mais breve do que aquele que se obtém ao fumar um charro. Contudo, é igualmente verdade que o efeito do vapor chega mais depressa, compensando assim a sua duração. Pode manter-se sob efeito durante algum tempo com um vaporizador; basta ir dando umas tragadas de vez em quando. No entanto, se procura uma experiência mais lenta a instalar-se mas de efeito prolongado, fumar continua a ser a melhor escolha.
Conclusão sobre as diferenças entre o efeito do vape e do fumo
Esperamos que agora tenha uma ideia mais clara das diferenças entre vaporizar canábis e fumá-la. Ambas as opções proporcionam efeitos, podendo desfrutar de bons momentos independentemente da escolha. No entanto, se estiver fora de casa e precisar de manter-se mais alerta, a vaporização pode ser a opção mais indicada. Se, por outro lado, estiver a relaxar à noite e quiser descontrair, fumar com moderação também é perfeitamente aceitável. No geral, experimentar não traz mal nenhum, especialmente se já for consumidor habitual. Mesmo para quem está a começar, pode optar por uma variedade mais leve e avançar a partir daí.
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