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7 plantas sagradas de todo o mundo

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Isto não é uma simples lista de culturas lucrativas; é o verdadeiro fruto de um conhecimento proibido. Se quiser chamar-lhes drogas, então a Mãe Natureza é quem as fornece. Ironicamente, os nossos antepassados compreendiam muito melhor estas plantas sagradas. Este é o blogue que aqueles que mandam gostariam que nunca encontrasse.

As verdadeiras 7 maravilhas naturais do mundo

Expanda a sua mente, encontre-se, perca-se, relaxe ou simplesmente viva algo fora do comum com as 7 plantas sagradas. Num universo de milhares de espécies vegetais, estas 7 distinguem-se das restantes. São raras e especiais. Este seleto grupo acompanha e inspira a humanidade desde os primeiros caçadores-recoletores até aos exploradores modernos da consciência.

Antes de mergulharmos nas profundezas fascinantes dos alucinogénios, psicadélicos e outras substâncias invulgares, é importante lembrar: responsabilidade pessoal acima de tudo. Se não se sente preparado para uma viagem ao desconhecido, ou se este tema lhe desperta desconforto, sugerimos que pare de ler agora. Para quem se mantém curioso e destemido, apresentamos as 7 plantas sagradas.

Cannabis

Cannabis

A verdadeira história da cannabis é o exemplo perfeito de porque não se deve desacreditar todas as teorias da conspiração. Desde tempos ancestrais, e talvez até pré-históricos, a cannabis teve um papel muito relevante. O uso medicinal da cannabis pelo imperador chinês Shen Nung está documentado historicamente, com registos que datam cerca de 2737 a.C. tanto sobre o seu consumo como em tinturas. Tanto a ciência como a história confirmam que a cannabis acompanha a humanidade há longuíssimo tempo. Na verdade, o nosso corpo possui um sistema endocanabinóide (SEC) extremamente compatível com os canabinóides presentes na planta.

A ciência demonstrou também que o THC tem efeitos psicoactivos, enquanto o CBD oferece propriedades únicas e valiosas. Infelizmente, devido à campanha de desinformação da "Reefer Madness" e à chamada "guerra às drogas", a investigação sobre a cannabis foi atrasada durante décadas. Ainda assim, a cannabis é a única planta cultivada em todos os cinco continentes habitáveis por pessoas comuns e respeitáveis."

Sálvia (Salvia divinorum)

Salvia Divinorum

A sálvia tem origem na cadeia montanhosa da Serra Mazateca, no nordeste do México, e não cresce de forma natural em mais nenhuma outra parte do mundo. Durante séculos, os Mazatecas nativos fizeram uso desta planta para fins espirituais e medicinais. Apesar de pertencer à família da hortelã e ser aparentada da salva, a Salvia divinorum é especialmente conhecida pelos seus efeitos psicadélicos intensos.

De facto, o composto psicoativo Salvinorina A é considerado o alucinogénio natural mais potente descoberto até hoje. Enquanto os Mazatecas tradicionalmente mastigam as folhas ou preparam infusões para usufruir dos seus efeitos, a sálvia é facilmente absorvida pelas gengivas. Mastigar um "quid" (bolo de folhas) pode provocar uma experiência intensa e psicadélica, com efeitos visuais e auditivos bastante marcantes durante 1 a 2 horas, semelhantes aos proporcionados por cogumelos mágicos.

Lírio-azul (Nymphaea caerulea)

LÍRIO-AZUL (NYMPHAEA CAERULEA)

Os antigos egípcios conheciam bem o sagrado lírio-azul. Esta planta aquática de efeitos psicoativos terá tido origem no Nilo, mas atualmente encontra-se desde a Índia até à Tailândia. As suas flores flutuantes, de cor azul intensa, encantavam os egípcios. Até mesmo os hieróglifos sugerem que o seu principal uso era aproveitar os benefícios dos compostos nuciferina e aporfina. O lírio-azul é conhecido como um relaxante natural e proporciona uma sensação de calma. Ao mesmo tempo, também é considerado um afrodisíaco bastante poderoso.

O lírio-azul costuma ser consumido em forma de chá ou misturado em vinho. De modo geral, quem experimenta confirma que, usado sozinho, o lírio-azul tem um efeito suave.

Peyote (Lophophora williamsii)

PEYOTE (LOPHOPHORA WILLIAMSII)

O Peyote é um cato que contém mescalina e cresce naturalmente no México, sendo utilizado há milhares de anos por tribos indígenas em contextos medicinais e espirituais. Atualmente, os Huichol continuam a viajar todos os anos até ao deserto, cerca de 600 km a nordeste da sua terra natal, nas Montanhas Sierra Madre, no oeste do México. O ritual do Peyote dos Huichol é exigente e marcado por vários dias de sacrifício – uma verdadeira prova, longe de ser uma escapadinha de lazer. Os povos indígenas do norte da América também passaram a integrar cerimónias com peyote nos últimos séculos.

Consumir a tradicional bebida espessa de peyote leva o utilizador a um estado alterado de consciência. Alguns adeptos das "novas espiritualidades" referem-se a esta experiência como um portal para outra dimensão. Seja qual for a perspetiva, trata-se de uma viagem intensa. Segundo os xamãs Huichol, todos estamos perdidos no mundo. Assim, o objetivo maior da peregrinação do peyote é, para eles, "encontrar as suas vidas".

Durante muito tempo, o peyote causou temor entre os europeus. Em 1760, um sacerdote em San Antonio, Texas, publicou um manual para lidar com a recém-convertida população indígena cristã. Uma das perguntas frequentes era: "já comeste carne humana? Já consumiste peyote?"

San Pedro (Echinopsis pachanoi)

SAN PEDRO (ECHINOPSIS PACHANOI)

San Pedro é um cato originário dos Andes, na América do Sul, conhecido pela presença de mescalina. Tal como o seu parente, o peyote, o consumo de San Pedro provoca alucinações intensas. No entanto, os xamãs peruanos costumam descrever a experiência como uma espécie de viagem fora do corpo (OBE). Tradicionalmente, a preparação envolve um sumo viscoso extraído das peles secas do cato, de sabor pouco agradável. Curiosamente, a arqueóloga peruana Rosa Fung fez uma descoberta interessante num antigo depósito de resíduos. No sítio de Las Aldas, perto de Casma, datado entre 700 e 500 a.C., foram encontrados restos de charutos feitos a partir do cato San Pedro.

African Dream Root (Silene capensis)

AFRICAN DREAM ROOT (silene capensis)

O povo xhosa é o segundo maior grupo cultural da África do Sul, logo a seguir à nação zulu. As suas práticas religiosas mantêm-se profundamente enraizadas na tradição, com muitos rituais, cerimónias de iniciação e passagens marcantes de vida. Na sua cultura, Deus é conhecido como uThixo ou uQamata, considerado também o primeiro homem na Terra. Para interagir com a divindade, é preciso recorrer aos sonhos — e, para os xhosa, é nesses estados oníricos que podem contactar com os seus antepassados.

A African Dream Root é uma planta originária da província do Cabo Oriental. Só depois de dois anos de cultivo é que as raízes secas e moídas são preparadas, normalmente misturando-as com água. Ao consumir esta bebida espumosa, em qualquer altura do dia, induz-se uma experiência de sonho lúcido ao adormecer. Mas, independentemente do momento em que se toma, o efeito só se manifesta enquanto se dorme — nunca enquanto estamos acordados.

Este é um caso à parte entre as substâncias psicoativas: um excesso pode causar náuseas, mas na dose certa, ajusta o estado de sonho à frequência espiritual ideal. Diz-se até que é possível acordar com a resposta para uma dúvida ou até com um recado vindo de além. Em termos científicos, pouco se sabe sobre os compostos ativos da planta. O único consenso é sobre o seu nome: Silene capensis.

Tabaco

TABACO

A planta do tabaco é originária da América do Norte. Há séculos que o tabaco é venerado pelos povos indígenas, desde o Canadá até ao Brasil. Fumar tabaco em cachimbo é uma prática habitual, fundamental em muitos rituais e cerimónias tradicionais.

No século XIX, pôr tabaco na boca para mascar — uma mistura de melaço com folhas de tabaco — era bastante popular e o método de consumo preferido nos Estados Unidos dessa época. Actualmente, a maioria dos consumidores de canábis na Europa, mesmo aqueles que não fumam cigarros, continuam a preparar charros onde o tabaco é misturado com a erva.

Qual destes vai querer experimentar a seguir?

    Steven Voser
    Steven Voser
    Steven Voser é um jornalista independente especializado em canábis, com mais de seis anos de experiência a escrever sobre todos os aspetos da planta: desde os métodos de cultivo, às melhores formas de consumo, passando ainda pelo dinâmico setor e pelo complexo enquadramento legal que o envolve.
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