Dream yoga: meditação do sono

As seis fases do yoga dos sonhos tibetano

Na primeira etapa, o monge aprende como atingir a lucidez nos seus sonhos. Quando se torna lúcido, passa à segunda fase. Nesta, deve ultrapassar todos os receios sente dentro do sonho — há que perceber que nada pode realmente fazê-lo mal e que está no controlo da situação. Por exemplo, pode apagar um incêndio com as próprias mãos, mostrando a si próprio que não corre perigo algum.

A terceira etapa incide na reflexão de que tanto a vida desperta como o sonho são semelhantes: ambos estão em constante mudança e evolução. Ou seja, ambos são ilusórios e nada é permanente. Assim, tanto os objetos que surgem nos sonhos como os da vida real não têm uma essência fixa.

De seguida, o monge passa a manipular o próprio sonho, alterando o estado dos objetos e quebrando as regras habituais — transformando, por exemplo, algo grande em pequeno ou tornando leve o que seria pesado.

Na quinta etapa, dá-se um passo ainda mais profundo: o monge compreende que o seu próprio corpo é tão insubstancial como tudo à sua volta. Aqui entende que não é apenas o corpo presente no sonho, mas sim o próprio sonho. O corpo do sonhador pode ser moldado à vontade, tal como qualquer outro elemento do sonho, podendo até desaparecer.

Finalmente, ao atingir o entendimento completo, o monge concentra-se nas imagens das divindades, meditando sobre elas com total dedicação. Acredita-se que esta ligação às divindades abre as portas à iluminação, conectando o monge à luz clara do vazio e permitindo um maior crescimento espiritual.

Esta prática está acessível a qualquer pessoa e pode favorecer o desenvolvimento interior. Muitas vezes, diz-se que a vida moderna e o ritmo acelerado do Ocidente não deixam espaço para o autoconhecimento ou para a evolução espiritual. No entanto, todos precisamos de dormir — e é precisamente nesse período que se pode explorar a espiritualidade que existe em nós.

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Ervas para ajudar os teus sonhos a tornarem-se lúcidos

A primeira etapa do Yoga dos Sonhos Tibetano, na qual o praticante alcança a lucidez nos sonhos, pode ser atingida com dedicação e treino contínuo. No entanto, existem produtos conhecidos como "Ervas dos Sonhos" que podem facilitar este processo rumo à consciência durante o sonho. Estas ervas ajudam a perceber que se está a sonhar, promovem o controlo dos sonhos e tornam as recordações mais vivas ao despertar.

Por exemplo, a Silene Capensis, ou Raiz Africana do Sonho, é uma raiz sul-africana conhecida por proporcionar sonhos intensos e repletos de cor. Já a Uvuma-Omhlope afirma-se como guia para visões esclarecedoras e proféticas. Existem muitas outras Ervas dos Sonhos que podem apoiar a sua prática de Yoga dos Sonhos — descubra mais na nossa página dedicada.

Yoga nidra – entre os domínios do sono

Existe ainda uma outra prática, conhecida como yoga nidra, que é uma forma alternativa de aproveitar os momentos de repouso. Esta tradição ancestral indiana, também chamada de sono psíquico, partilha algumas semelhanças com o yoga dos sonhos. O yoga nidra centra-se em conceitos relacionados com o sonho lúcido, embora se distinga claramente. Enquanto num sonho lúcido raramente se tem consciência do mundo exterior, o yoga nidra coloca-nos num estado entre a vigília e o sono, promovendo uma profunda regeneração e relaxamento mental e físico, mantendo sempre um certo grau de consciência. O objetivo é relaxar através do foco da atenção — procurando equilibrar a nossa energia.

O yoga nidra é fácil de praticar e não exige quase nenhum equipamento. Bastam uma mente tranquila e um local confortável e acolhedor onde se possa deitar.

A prática começa deitado de costas, com os olhos fechados e os braços afastados do corpo, com as palmas viradas para cima. As pernas devem estar afastadas à largura das ancas e os pés soltos, virados para fora. É importante garantir que o corpo está o mais simétrico possível — imagine uma linha central desde a zona pélvica até à garganta.

Depois de estar devidamente posicionado, é hora de dirigir a atenção para dentro e tornar-se consciente do ritmo da respiração. Seguidamente, o foco passa para uma parte do corpo, como uma perna ou um pé. Esta consciência é então suavemente levada a percorrer todo o corpo, relaxando intencionalmente cada músculo ao ritmo da respiração profunda.

Quando todo o corpo se encontra livre de tensão, entra-se num estado de tranquilidade semelhante ao de um sonho. Sensações de leveza e de dissolução são muito frequentes neste momento. Assim que esse estado se instala, a atenção regressa à respiração, permitindo aproveitar ao máximo esta sensação calma e contemplativa.

Esta técnica pode contribuir para expandir a consciência e proporcionar uma maior compreensão interior. Ambas as práticas podem ser incluídas na rotina noturna de qualquer pessoa, sem necessidade de acrescentar tempo extra ao dia a dia. Trata-se de um processo essencial para o bem-estar do corpo e da mente, sendo que quem o pratica regularmente reporta melhorias significativas tanto a nível físico como psicológico.