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How many types of magic mushrooms exist?
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Quantas variedades de cogumelos mágicos existem?

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Existem centenas, senão milhares, de espécies de cogumelos mágicos espalhadas por vários géneros. É impossível nomeá-las todas aqui – até porque nem todas foram descobertas – mas podemos apresentar algumas das mais comuns. Continue a ler para saber mais.

Os cogumelos mágicos apresentam uma grande diversidade de formas, tamanhos e níveis de potência, bem como diferentes compostos e características únicas. Apesar das diferenças, a maioria das variedades psicadélicas contém psilocibina, o principal alcaloide responsável pelos efeitos alucinatórios associados ao seu consumo.

No entanto, existem também espécies de cogumelos que possuem compostos tóxicos; algumas podem provocar apenas desconforto gastrointestinal, enquanto outras podem mesmo levar a insuficiência de órgãos. Por essa razão, é fundamental que quem recolhe cogumelos na natureza saiba exatamente o que está a fazer. Dada a enorme variedade existente, surge a questão: afinal, quantas espécies de cogumelos com propriedades psicadélicas existem?

Quantos tipos de cogumelos psicadélicos existem?

Quantos tipos de cogumelos psicadélicos existem?

Existem centenas de espécies de cogumelos psicadélicos e, embora a maioria contenha psilocibina e psilocina, nem todos reúnem estas substâncias. Dentro dos cogumelos que possuem os alcaloides psilocibina e psilocina, encontram-se quatro géneros principais: Psilocybe, Panaeolus, Gymnopilus e Pluteus — sendo os dois primeiros os mais reconhecidos e consumidos.

Para além destes géneros, existem também cogumelos que contêm muscimol e ácido iboténico. Estas substâncias estão presentes em cogumelos do género Amanita, sendo o exemplo mais famoso a Amanita muscaria, ou "falsa oronja", facilmente identificada pelo seu chapéu vermelho com pintas brancas. Muitas espécies deste género são perigosas, sendo a Amanita phalloides uma das espécies de cogumelos mais tóxicas do planeta. Por isso, tenha sempre cuidado!

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O que diferencia os cogumelos com psilocibina de outros tipos de cogumelos?

O que distingue os cogumelos com psilocibina dos outros tipos de cogumelos?

Os cogumelos que contêm psilocibina destacam-se precisamente pela produção desta substância (e da psilocina). Estas duas moléculas encontram-se intimamente ligadas: a psilocibina é um composto precursor que, em determinadas condições, se transforma em psilocina — e vice-versa. Cogumelos frescos têm geralmente maior teor de psilocina, enquanto os secos apresentam mais psilocibina, que depois é convertida em psilocina pelo ácido do estômago.

Para além destes compostos, a variedade de espécies de cogumelos com psilocibina é bastante vasta, e há diversas características que os diferenciam. No entanto, a grande maioria das pessoas interessa-se sobretudo pelo seu potencial psicoactivo.

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Os 4 principais géneros de cogumelos mágicos

4 principais géneros de cogumelos mágicos

De seguida, vamos aprofundar um pouco mais e explicar os quatro principais géneros de cogumelos que possuem espécies produtoras de psilocibina.

Psilocybe

Entre todas as espécies de cogumelos mágicos, o género Psilocybe é, sem dúvida, o mais reconhecido e procurado. Este grupo destaca-se pela sua vasta diversidade, agregando mais de 245 espécies distintas. Dentro deste universo encontra-se a famosa Psilocybe cubensis, uma das preferidas dos cultivadores, disponível em múltiplas variantes no nosso catálogo de kits de cultivo. E vale lembrar: cada uma destas 245 espécies pode dividir-se em diferentes subvariantes, aumentando ainda mais a oferta para os entusiastas.

A notoriedade deste género deve-se essencialmente a dois fatores. Por um lado, as suas espécies estão amplamente distribuídas e crescem com facilidade em várias regiões do mundo. Por outro, a Psilocybe cubensis destaca-se como a variedade mais simples de cultivar em ambiente doméstico, tornando-se na escolha ideal para quem deseja iniciar-se no cultivo caseiro de cogumelos mágicos.

Panaeolus

Panaeolus

O género Panaeolus é conhecido por incluir alguns dos cogumelos mágicos mais potentes do mundo, como o Panaeolus cyanescens (sobre o qual falaremos mais adiante). As espécies deste género distinguem-se normalmente pelos seus chapéus convexos. Contudo, ao contrário do género Psilocybe, nem todas as espécies de Panaeolus contêm psilocibina ou psilocina.

Gymnopilus

Este género é frequente em florestas temperadas e subtropicais nos Estados Unidos e na Europa. Embora muitas das suas espécies contenham psilocibina e psilocina, estas substâncias estão presentes em concentrações muito mais baixas do que nas espécies dos géneros Psilocybe ou Panaeolus, o que faz com que apenas micologistas entusiastas se dediquem à sua recolha. De forma geral, apresentam chapéus convexos ou planos, com tonalidades que variam do laranja ao castanho. Entre as espécies mais conhecidas encontram-se:

  • Gymnopilus spectabilis
  • Gymnopilus aeruginosus
  • Gymnopilus luteus
  • Gymnopilus viridans

Pluteus

Pluteus

O género Pluteus, facilmente encontrado em florestas de folha caduca e zonas de vegetação mista, inclui várias espécies capazes de produzir pequenas quantidades de psilocibina. Estes cogumelos são apreciadores de ambientes ricos em nutrientes, crescendo frequentemente sobre madeira em decomposição ou solos muito férteis. Entre as espécies de Pluteus que contêm psilocibina, destacam-se:

  • Pluteus salicinus
  • Pluteus atricapillus
  • Pluteus cyanopus

Quais são os tipos de cogumelos mágicos mais comuns?

Se é apreciador de psilocibina, vai deparar-se frequentemente com determinadas espécies de cogumelos mágicos. Algumas destacam-se pela potência, outras pela facilidade de cultivo, e há até quem as escolha pelos dois motivos! Vejamos alguns exemplos.

Psilocybe cubensis

A Psilocybe cubensis é a espécie de cogumelo mágico mais consumida em todo o mundo. Devido à sua facilidade de cultivo em ambientes interiores, mesmo por principiantes, as suas variedades são as mais acessíveis, durante todo o ano e a nível global. Contudo, existem inúmeros subtipos ou variedades, cada um com características próprias de efeitos e métodos de cultivo.

Algumas são mais psicadélicas, outras favorecem uma experiência mais introspectiva, enquanto algumas destacam-se pela elevada produção de cogumelos. Explore os kits de cultivo disponíveis no nosso site para conhecer um pouco melhor a impressionante diversidade que existe dentro da espécie cubensis.

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Psilocybe cyanescens

Psilocybe cyanescens

Estes são os cogumelos mágicos mais potentes do mundo. Também conhecidos como Copelandia ou Blue Meanies, apresentam uma cor branca fantasmagórica e desenvolvem-se em climas tropicais. Embora o cultivo seja algo desafiante, podem ser cultivados em casa a partir de esporos ou kits próprios.

Para além da sua poderosa intensidade, estes cogumelos distinguem-se pelo efeito singular e etéreo, a condizer com o seu aspeto misterioso.

Psilocybe azurescens

Estes cogumelos são originários da costa oeste dos Estados Unidos, mas atualmente são cultivados em várias partes do mundo. Conhecidos pela sua elevada potência, são uma opção interessante para quem tenha experiência e saiba fazer uma colheita segura.

Distinguem-se pelos seus chapéus largos de cor castanha-clara com uma pequena saliência no topo e pelos pés de tom acastanhado-acinzentado. Tal como a maioria dos cogumelos, aparecem sobretudo no outono, quando o tempo arrefece e há humidade.

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Psilocybe mexicana

Psilocybe mexicana

Encontrada exclusivamente no México, Guatemala, Costa Rica e El Salvador, esta espécie de cogumelos surge em grupos entre maio e outubro. Apresentam chapéus pequenos, castanhos e cónicos, com aparência semelhante à dos "liberty caps" (Psilocybe semilanceata). Crescem preferencialmente em zonas húmidas, entre musgo e prados, localizados em florestas de folha caduca.

Psilocybe semilanceata

O célebre "liberty cap"! Estes cogumelos desenvolvem-se em várias partes do mundo, sendo mais comuns em prados e pastagens da Europa e dos Estados Unidos. Foram igualmente identificados no Chile, Índia, Paquistão, Austrália e Nova Zelândia, provavelmente introduzidos acidentalmente nestas regiões.

Pensa-se que a forma característica destes cogumelos, com o seu topo em bico, inspirou a tradicional imagem da bruxa montada na vassoura (frequentemente representada com uma forma semelhante a estes cogumelos), bem como o típico chapéu de bruxa inclinado. Suspeita-se ainda que as chamadas "bruxas" recolhiam e utilizavam estes cogumelos, tidos como algo profano na época!

Amanita muscaria

Amanita muscaria

Mesmo que não saiba o nome, provavelmente já viu este cogumelo representado em algum lado. Amanita muscaria, ou mata-moscas, é um cogumelo alucinogénio utilizado há séculos por culturas xamânicas no hemisfério norte. Este cogumelo não é verdadeiramente psicadélico e possui mecanismos de ação diferentes daqueles que contêm psilocibina.

Há até relatos de pastores de renas siberianos beberem a urina de renas que consumiram este cogumelo, entrando assim num estado de transe. Acredita-se que a urina contenha os compostos psicadélicos do cogumelo, enquanto as substâncias mais tóxicas já terão sido metabolizadas, tornando o consumo "mais seguro".

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Todos os cogumelos mágicos crescem nos mesmos locais?

De todo, não — crescem um pouco por todo o mundo. Contudo, sendo fungos, preferem ambientes húmidos e épocas do ano mais chuvosas, assim como locais ricos em nutrientes. Apesar de não ser uma regra absoluta, muitas espécies tendem a crescer em ou próximo de estrume de herbívoros.

A explorar o vasto reino dos cogumelos mágicos

Explorar o vasto reino dos cogumelos mágicos

Como se pode ver, existem centenas de espécies de cogumelos alucinogénios — e provavelmente ainda há algumas por descobrir! Apesar de ser tentador sair à procura das variedades mais raras, invulgares ou extraordinárias, talvez seja sensato começar por conhecer e tentar encontrar algumas das espécies mais comuns que mencionámos nesta lista. Não é por acaso que são tão populares. E, como sempre, é fundamental saber exatamente o que se está a apanhar e consumir antes de o fazer.

Mesmo que nunca tenhas intenção de os consumir, é reconfortante perceber como a natureza insiste em criar formas de vida capazes de provocar efeitos alucinogénios!

Max Sargent
Max Sargent
O Max dedica-se à escrita há mais de dez anos e, nos últimos tempos, concentrou-se no jornalismo sobre canábis e psicadélicos. Ao colaborar com empresas como a Zamnesia, Royal Queen Seeds, Cannaconnection, Gorilla Seeds, MushMagic, entre outras, adquiriu uma vasta experiência em diferentes áreas deste setor.
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