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A floresta amazónica é um verdadeiro paraíso de biodiversidade. Milhares de espécies de plantas originam inúmeros alcaloides atualmente aproveitados pelo ser humano—uns com fins espirituais, outros com fins recreativos. A casca de catuaba é mais um dos exemplos desta extraordinária riqueza de compostos naturais.
Catuaba é o nome dado a uma infusão preparada a partir da casca de árvores. A história taxonómica deste preparado tem sido um desafio para botânicos e investigadores há décadas. A casca usada na sua produção provém de diferentes árvores, e não apenas de uma única espécie. No Brasil, a bebida é usada para vários fins, destacando-se o aumento da energia e também como afrodisíaco.
Os produtores brasileiros referem-se principalmente a duas espécies para obter a casca de catuaba — a "catuaba pequena" e a "catuaba grande". A catuaba pequena, identificada como Erythroxylum catuaba, cresce como uma árvore de porte reduzido, com flores laranja e amarelas e frutos amarelo-escuros não comestíveis. Esta árvore atinge normalmente entre 2 a 4 metros de altura.
Já a “catuaba grande” — Trichilia catigua — pertence à família das mogno e pode atingir entre 6 a 10 metros de altura, apresentando flores de cor creme. Análises laboratoriais à casca desta espécie revelaram a presença de vários constituintes químicos, entre os quais:
• Omega-fenil alcanos
• Omega-fenil ácidos alcanoicos
• Omega-fenil-gama-lactonas
Botânicos também identificaram o Erythroxylum vacciniifolium como fonte de catuaba em algumas fórmulas. Descobriu-se que esta planta contém alcaloides do tipo tropano designados por catuabinas, incluindo catuabina A, B, C e D.
Outras árvores podem ser incluídas sob o termo genérico de catuaba, mas estas duas são as principais usadas nas práticas herbais tradicionais do Brasil.
Catuaba significa "algo que dá força ao indígena" na língua Guarani. As culturas indígenas utilizam esta combinação de plantas há séculos, reconhecendo as suas propriedades para aumentar a energia e estimular o desejo sexual. Muitos historiadores referem que os povos Tupi, no Brasil, foram os primeiros a valorizar estes efeitos naturais.
Transmitida de geração em geração, esta tradição faz parte da cultura brasileira até aos dias de hoje, sendo ainda utilizada pela fitoterapia nacional pelas mesmas razões. Com o passar do tempo, o uso da catuaba espalhou-se pelo mundo e, atualmente, também fitoterapeutas na Europa e nos Estados Unidos recorrem às suas substâncias activas.
A ciência ainda não desvendou totalmente os mistérios que envolvem a casca de catuaba. Os investigadores carecem de estudos aprofundados sobre esta planta e só ensaios clínicos em seres humanos poderão revelar mecanismos concretos e consistentes. Até ao momento, os efeitos atribuídos à catuaba baseiam-se sobretudo em relatos tradicionais e testemunhos pessoais.
O benefício mais associado à catuaba prende-se com o desejo sexual e a excitação. Muitos utilizadores referem uma melhoria da libido, o que sugere que a catuaba poderá ser um auxílio natural para estimular a vida sexual. Para além disso, tudo indica que poderá ajudar a acalmar o sistema nervoso, o que talvez explique a sua utilidade em momentos de intimidade. A fórmula parece contribuir para aliviar a tensão e promover uma maior tranquilidade mental.
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