Vai começar a sua primeira plantação de canábis e não sabe por onde iniciar? A boa notícia é que, com o planeamento adequado e a preparação certa, praticamente qualquer espaço pode oferecer excelentes resultados.
Cultivar canábis é um processo desafiante, mas muito gratificante. Com dedicação e os cuidados certos, os resultados superam largamente o esforço investido. Por outro lado, se não for feito corretamente, pode parecer uma perda de tempo. Por isso, é fundamental optimizar o teu espaço de cultivo para alcançares os melhores resultados possíveis. Não precisas de um armazém para teres uma boa colheita — é possível obter excelentes produções em apenas um metro quadrado. O segredo não está no tamanho do espaço, mas sim na forma como o utilizas.
Este guia vai abordar:
Nem todos dispomos do privilégio de um espaço amplo para cultivar a nossa colheita. Muitas vezes, temos de trabalhar com áreas bastante pequenas. No entanto, com o equipamento certo e algum cuidado, é perfeitamente possível obter resultados surpreendentes, mesmo em locais reduzidos.
Tradicionalmente, a iluminação HPS de elevada potência é utilizada nas culturas de cannabis. Estas luzes potentes e quentes funcionam bem quando o espaço é adequado, mas tornam-se praticamente inviáveis em divisões pequenas. Não só são demasiado volumosas para se adaptarem facilmente, como também libertam demasiado calor. No melhor dos cenários, o excesso de calor pode danificar as plantas; no pior, pode mesmo causar um incêndio.
Considere antes utilizar lâmpadas CFL ou LED. Estas luzes mais pequenas e frescas são muito mais versáteis, podendo assim ser usadas em vários tipos de espaços. Como possuem espelhos incorporados, canalizam a luz de forma mais direcionada, tornando o consumo energético bastante mais eficiente. São especialmente recomendadas para áreas de cultivo inferiores a um metro quadrado.
Tem pouco espaço no chão? Aposte no cultivo vertical. Muitas soluções compactas para cultivo têm mais altura do que largura, por isso é importante aproveitar cada centímetro disponível para maximizar o rendimento. As tendas de cultivo modernas já suportam o cultivo em altura e muitas luzes são compridas, finas e projetadas para iluminar o espaço de forma uniforme, cobrindo todas as plantas.
Se quiser poupar no orçamento, é possível construir o seu próprio espaço de cultivo vertical. O mais importante é garantir que a estrutura seja robusta o suficiente para suportar as plantas adultas. Imagine chegar à fase de floração e todo o sistema desabar — é definitivamente algo a evitar!
O método "sea of green" (SOG) é altamente vantajoso. Permite cultivar um grande número de plantas num espaço reduzido e, ao optimizar a exposição à luz, garante colheitas máximas por metro quadrado.
Já o método ScrOG utiliza menos plantas, que são treinadas para obter o maior rendimento possível. Recorre-se a uma malha para guiar o desenvolvimento das plantas, podando e entrelaçando os ramos conforme vão crescendo, assegurando assim que todas as partes recebem luz suficiente. Normalmente, as folhas inferiores são removidas, pois não beneficiam tanto da iluminação.
Os métodos hidropónicos e aeropónicos eliminam a necessidade de vasos volumosos e dos respetivos substratos. Como as raízes estão imersas em água ou suspensas no ar, absorvendo uma névoa rica em nutrientes, consegue-se poupar imenso espaço.
No entanto, estas soluções podem exigir um investimento inicial elevado e são mais técnicas, o que obriga a um acompanhamento mais atento ao cultivo. Ainda assim, se procura obter boas colheitas em áreas reduzidas, estas opções podem ser ideais.
Pode parecer simples, mas escolher os recipientes certos para o seu cultivo pode realmente fazer toda a diferença. Se optar por vasos redondos, irá inevitavelmente desperdiçar muito espaço útil entre eles, o que resulta em área desperdiçada que poderia ser melhor aproveitada.
Defina o tamanho mínimo necessário para os seus vasos e escolha sempre o mais adequado: recipientes maiores só vão ocupar mais espaço sem benefício adicional. Do mesmo modo, meça a área do seu espaço de cultivo e selecione vasos que se ajustem da melhor forma, maximizando o aproveitamento da superfície disponível.
Esta é outra solução simples, mas com um impacto significativo — talvez até uma das mais importantes. Em interior, certas variedades podem atingir até 150 cm, enquanto outras ficam-se pelos 50 cm. Por isso, se dispõe de pouco espaço, investigue bem e escolha uma variedade compacta.
No entanto, optar por um tamanho pequeno não significa necessariamente obter uma colheita reduzida. Graças ao trabalho dos melhores cultivadores, é possível obter uma grande quantidade de flores até nas plantas mais pequenas.
Se não tiver atenção, as suas plantas podem crescer mais do que o esperado. Embora seja normal que algumas variedades desenvolvam maior altura no início da floração, é importante evitar que este crescimento se torne excessivo. Caso não tome as devidas medidas, o excesso de altura pode prejudicar toda a cultura — as plantas acabam por se aproximar demasiado das luzes, queimando as folhas superiores e bloqueando a luz para as restantes. Mesmo que consiga colher alguma coisa, o resultado será pouco satisfatório.
Felizmente, há formas simples de evitar este problema. Antes de mais, garanta que as luzes estão sempre à distância ideal das suas plantas. Se a luz estiver demasiado longe, elas vão crescer demasiado à procura dela, tornando-se altas de forma desnecessária. Além disso, mesmo tratando-se de optimizar o espaço de cultivo, não se esqueça que cada planta precisa do seu próprio espaço livre à volta. Um espaço demasiado apertado leva as plantas a bloquearem-se mutuamente, forçando um crescimento competitivo em busca de luz e recursos. Por isso, certifique-se de que cada uma tem o espaço adequado para crescer saudável.
Se, apesar destes cuidados, o problema persistir, pode sempre recorrer à poda ou tosa para limitar o crescimento. No entanto, o ideal será não ter de chegar a esse ponto.
Os espaços de cultivo envolvem uma série de riscos e perigos que não devem ser subestimados. O mais grave é, sem dúvida, o risco de incêndio, mas há outros a ter em conta. Alguns produtos químicos usados podem ser tóxicos, a exposição prolongada à radiação pode ser prejudicial para os olhos e para a pele, e o ambiente ideal para um cultivo também favorece o desenvolvimento de bolores, bactérias e parasitas. Lembre-se: nenhum cultivo compensa se pôr em causa a sua saúde.
Tendo em conta que irá utilizar uma grande quantidade de energia elétrica num espaço pequeno, o que irá gerar bastante calor — e que esse local deverá conter também muita água — os riscos tornam-se evidentes. No entanto, tomando as devidas precauções e adotando boas práticas, é possível minimizar consideravelmente o perigo de incêndio.
É provável que vá precisar de bastante energia para a sua produção, mas nunca aponte todos os equipamentos para uma única tomada recorrendo a sucessivos adaptadores ligados entre si. As instalações domésticas e os cabos não foram concebidos para suportar níveis industriais de consumo e podem sobreaquecer facilmente nestas condições. Por isso, escolha adaptadores certificados com disjuntores integrados e não exceda a sua capacidade.
É aconselhável elevar todo o equipamento eléctrico e respetiva cablagem do chão. Ao fazê-lo, não só optimiza o espaço e melhora a circulação de ar, ajudando a manter o equipamento mais fresco, como também reduz consideravelmente a probabilidade de água derramada atingir aparelhos sensíveis. Um derrame pode provocar um curto-circuito e, em casos extremos, originar um incêndio. Por isso, é fundamental tomar esta precaução.
Além disso, manter o chão desimpedido diminui o risco de tropeçar e sofrer lesões. Mesmo que considere improvável, imagine-se, após dois meses de trabalho, a tropeçar e a danificar as plantas mesmo quando começam a florescer, arrastando consigo toda a tenda e os equipamentos eléctricos. Não vale a pena correr esse risco!
Durante o cultivo, o equipamento utilizado está sujeito a um desgaste intenso. Mesmo investindo em material de qualidade, podem ocorrer imprevistos. Sobretudo se montou alguns elementos por conta própria, é aconselhável inspecionar regularmente cada componente do seu espaço de cultivo para garantir que tudo funciona corretamente. A combinação de um fio danificado com um tubo a verter pode trazer sérios problemas.
Um interruptor diferencial pode literalmente salvar-lhe a vida e, por isso, é um investimento que vale bem a pena. A sua função é simples: detetar falhas à terra e cortar imediatamente a corrente elétrica. Na prática, se houver entrada de água no circuito, o interruptor diferencial interrompe o fornecimento elétrico, evitando assim um choque que poderia ser fatal.
Pode parecer evidente, mas nunca é demais repetir: afaste sempre as fontes de eletricidade da água o máximo possível. Como regra base, mantenha a água sempre abaixo dos componentes elétricos.
Há um aspeto a ter em conta: durante certas fases, o nível de humidade na sua sala de cultivo será elevado (o que é fundamental), mas isso pode originar condensação no teto e consequente formação de pingos. Esta situação representa um perigo. Por isso, se necessário, mantenha a humidade no limite inferior do intervalo recomendado e, ocasionalmente, limpe o teto para evitar acumulação de água.
Mantenha objetos combustíveis fora do local de cultivo. Só devem estar ali os elementos indispensáveis. Nada mais!
Evite deixar lixo acumulado e não utilize caixotes do lixo dentro do espaço. Sempre que sair, leve consigo tudo o que não seja essencial. Menos coisas significa menos produção de calor e, por isso, menor risco de incêndio. Para além disso, à medida que as plantas crescem, um espaço mais livre vai facilitar-lhe muito o trabalho.
Da mesma forma, mantenha as luzes o mais afastadas possível de quaisquer objetos. Em espaços pequenos, isto pode ser complicado, por isso recomenda-se, desde início, optar por uma iluminação que emita menos calor.
Lembre-se de que, se uma fonte de eletricidade já está sob grande esforço e ainda for sujeita a calor externo adicional, os riscos aumentam consideravelmente. Use o bom senso, e reorganize o espaço de cultivo sempre que necessário para garantir um ambiente seguro e fresco.
Se um incêndio deflagrar, uma porta corta-fogo pode ser literalmente uma salva-vidas. Estas portas são extremamente eficazes e conseguem conter o fogo numa única divisão durante um período surpreendentemente longo. Ao investir numa destas portas, garante mais tempo para si e para quem está consigo sair em segurança do edifício. Além disso, oferece um tempo crucial aos bombeiros para chegarem ao local e extinguirem o incêndio antes que todo o edifício fique destruído.
Independentemente da sua situação, nunca hesite em contactar os bombeiros se necessário. Ser apanhado a cultivar cannabis nunca será tão grave como ignorar um incêndio!
Este conselho pode parecer evidente, mas é ao mesmo tempo simples e extremamente eficaz. Um alarme de incêndio deteta o fogo numa fase inicial e, se tiver um extintor por perto (como deve ter!), pode ganhar tempo suficiente para controlar a situação e evitar o pior. Mesmo que tal não seja possível, o alarme dá-lhe a si e aos restantes ocupantes tempo para evacuar o edifício em segurança. Certifique-se que o alarme é audível em todas as divisões, mesmo com as portas fechadas, caso contrário torna-se inútil.
Um termóstato regulado por calor pode parecer uma solução simples para controlar a temperatura no seu espaço de cultivo. No entanto, em caso de incêndio, pode agravar significativamente a situação. Este equipamento tentará extrair o ar do recinto com maior intensidade à medida que a temperatura sobe. O que acontece? Vai puxar grandes quantidades de oxigénio fresco para o espaço de cultivo, alimentando ainda mais o fogo e piorando consideravelmente o cenário.
Ter um plano é simples, mas fundamental. Antes de mais, traça uma estratégia de evacuação. Se ocorrer um incêndio na tua zona de cultivo, que partes do edifício ficarão inacessíveis? Nesse cenário, qual será o teu caminho de saída? Esta é a informação mais importante. Nunca deves montar o teu espaço de cultivo de forma a bloquear a tua única saída!
Em segundo lugar, mantém um extintor de incêndios por perto. Verifica regularmente se tem validade e está em boas condições. Certifica-te também de que é o modelo adequado. Como uma das causas mais prováveis de incêndio é de origem elétrica, um extintor de CO₂ será o mais eficaz. É aconselhável também ter uma lanterna à mão. Idealmente, o teu equipamento irá desligar-se mal surja um incêndio e, ao ficar sem eletricidade, o espaço ficará escuro — uma lanterna pode ser essencial para conseguires lidar com a situação.
O fogo não é o único perigo num espaço de cultivo. Também podem ocorrer lesões físicas. Produtos químicos, luzes de alta intensidade e um espaço de trabalho congestionado representam riscos próprios, pelo que é fundamental estar atento e preveni-los devidamente.
Um chão seco é um chão seguro. Manter o solo seco evita escorregadelas, quedas e ainda protege as suas plantas. Menos evidente, no entanto, é que um chão molhado, num espaço fechado e aquecido, proporciona o ambiente ideal para o desenvolvimento de diversos organismos. Bolor, bactérias e parasitas proliferam facilmente nestas condições. Alguns podem ser apenas incómodos, mas outros representam riscos graves para a sua saúde e para as suas culturas.
Níveis elevados de radiação UVC, UVA e UVB podem ser extremamente prejudiciais para os olhos. Não subestime este risco. Embora a atmosfera superior da Terra filtre os raios solares mais nocivos, dentro de um espaço de cultivo essa proteção não existe. Uns óculos de proteção específicos para jardinagem interior podem evitar-lhe muitos problemas. Certifique-se de que escolhe um modelo concebido para as luzes artificiais usadas no cultivo. Ainda que possa ser tentador utilizar uns óculos de sol comuns, estes não filtram a radiação UVC e, por isso, não garantem a proteção necessária.
Óculos de proteção, luvas e uma máscara são indispensáveis. Vai estar a trabalhar num espaço bastante reduzido, rodeado de produtos químicos potencialmente tóxicos; sem a proteção adequada, pode acabar a inalar estes produtos, a apanhá-los nos olhos ou a ficar com a pele exposta. Muitos fertilizantes para plantas são corrosivos antes de serem diluídos, tal como os reguladores de pH. Não facilite — basta inspirar uma dose do produto errado para nunca mais desfrutar de um cigarro como antes!
No caso de algum imprevisto, tenha sempre à mão soro fisiológico (água purificada) e um lava-olhos. Se algo entrar nos olhos, não hesite: lave-os imediatamente com soro fisiológico. Repita este procedimento algumas vezes para garantir uma limpeza eficaz. Após este passo inicial, identifique o produto químico envolvido e siga as recomendações médicas adequadas.
Embora uma lavagem seja suficiente na maioria dos casos, algumas situações exigem cuidados médicos.
Pode até adorar canábis e acreditar que não traz prejuízos, mas o contacto frequente pode provocar irritações na pele. Por isso, recomenda-se o uso de luvas sempre que manusear a planta.
Ter um kit de primeiros socorros bem completo pode revelar-se bastante útil. Seja para tratar um corte enquanto podas as plantas, uma queimadura provocada por uma luz ou até uma pancada na cabeça num espaço apertado, estará sempre prevenido. Não subestime o tipo de acidentes que podem acontecer. Opte por um kit devidamente abastecido e estará sempre preparado.
Nunca facilite. Sempre que sair, dedique uns instantes a verificar tudo para garantir que não acontece nada de grave enquanto está fora. Faça um pequeno esforço: tem a certeza de que fechou as torneiras? Uma rápida inspecção é muito melhor do que ter de lidar com uma inundação ou um incêndio. Não se esqueça de confirmar tudo!
Manter o espaço de cultivo limpo é essencial. Restos de plantas em decomposição, água parada e cantos pouco iluminados tornam-se rapidamente focos para pragas indesejadas. Fungos, aranhas e ácaros prosperam nestas condições, pondo em risco o desenvolvimento saudável das suas plantas. Cultivar cannabis exige um ambiente limpo e controlado. Não basta limpar apenas entre colheitas; é fundamental fazer uma manutenção regular e contínua.
Manter uma sala de cultivo impecavelmente limpa pode dar algum trabalho, mas compensa largamente o esforço — afinal, qualquer descuido pode significar perder a colheita devido a pragas ou doenças.
Começar com uma sala devidamente higienizada é fundamental para o sucesso do cultivo. Se já existir uma praga presente, será muito difícil erradicá-la mais adiante. Não facilites: limpa todas as superfícies com um produto forte, como lixívia, até te certificares de que o ambiente está o menos acolhedor possível para qualquer ameaça.
Não caias no erro de relaxar depois de uma boa limpeza inicial. Faz inspeções diárias. Caso encontres pequenas poças de água, seca-as rapidamente. Retira folhas mortas e restos de plantas de imediato, pois são o habitat preferido para pragas. Passa um pano nas superfícies todos os dias para garantir um ambiente saudável para as tuas plantas.
Entre cada ciclo de cultivo, vale a pena limpar tudo a fundo. Remove todo o conteúdo da sala e desliga a eletricidade para evitar acidentes. Caso tenhas um sistema de extração, mantém-no ligado durante a limpeza para expulsar odores fortes. Todos os equipamentos móveis (como vasos) devem ser lavados e desinfetados com lixívia.
Dedica especial atenção a cada superfície, recanto e costura da tenda ou sala. Esfrega tudo até parecer novo e o cheiro do produto ser evidente — mas assegura-te de que todo o resíduo evaporou antes de instalar novas plantas. E não te esqueças de usar equipamento de proteção ao limpar.
Se tiveres o azar de sofrer uma infestação, deves encarar a limpeza como prioridade máxima. Certos organismos são bastante persistentes e voltarão se não fores meticuloso. Elimina Tudo o que for orgânico (como substratos ou coco).
O restante equipamento — tenda, lâmpadas, sistema de ventilação, vasos — deve ser limpo repetidamente, prestando atenção especial às fendas e cantos onde podem ficar resíduos ou esporos. Produtos como lixívia ou peróxido de hidrogénio são eficazes. Após a limpeza, ventila bem o espaço antes de reiniciar o cultivo.
Segue-se uma série de recomendações simples para garantires que o teu espaço de cultivo se mantém higienizado durante todo o ciclo, desde a germinação até à colheita. Embora seja fundamental começar o cultivo num ambiente limpo, é igualmente essencial assegurar a limpeza contínua ao longo de todas as fases. Basta uma infestação de pragas para comprometer a tua colheita e trazer bastantes complicações.
Podes dedicar-te quanto quiseres a manter o espaço limpo, mas, se trazeres pragas do exterior, todo esse esforço será em vão. Sempre que possível, utiliza roupa limpa e exclusiva para entrares na tua área de cultivo. Da mesma forma, cobre o cabelo e usa luvas esterilizadas ao manusear qualquer material.
Certifique-se sempre de limpar o seu equipamento antes de utilizar. Se começar a podar uma planta com uma tesoura suja, pode acabar a causar mais prejuízo do que benefício. Da mesma forma, mesmo que os vasos sejam novos, passe-os por água com lixívia diluída antes de usar para garantir que estão tão limpos quanto possível.
Organizar corretamente os seus vasos traz benefícios a longo prazo. Uma disposição eficiente permite aproveitar melhor o espaço disponível, otimizando a iluminação e promovendo um ambiente mais limpo e arrumado. Colocar um tabuleiro por baixo dos vasos facilita o escoamento da água e contribui para manter tudo limpo.
Evite a acumulação de água. Ambientes húmidos e quentes são ideais para a proliferação de agentes patogénicos.
A poda regular das plantas traz benefícios importantes: elimina matéria morta, diminuindo o risco de pragas, e facilita o crescimento saudável, evitando a competição excessiva e alongamento desnecessário.
Uma camada superior de solo endurecida pode indicar um desequilíbrio de nutrientes. Observe o solo a cada poucos dias para detetar se existe uma camada superficial compacta. Isto impede uma boa arejamento, o que afeta a saúde do solo e da planta. Lembre-se que é neste ambiente que se encontra a parte mais sensível da sua planta: o sistema radicular. Por isso, mantenha-o limpo e saudável!
Varra e lave o chão com frequência. Para prevenir quedas, infestações ou riscos de incêndio, uma limpeza rápida e regular poupa-lhe muitos problemas no futuro—e dará um aspeto mais profissional ao seu cultivo.
Mantenha os sistemas limpos com frequência. Tubos e bombas obstruídos impedem que a água chegue adequadamente às plantas e podem tornar-se um local propício para pragas. Da mesma forma, o pó pode acumular-se no sistema de ventilação e bloqueá-lo. A verificação e limpeza regular dos componentes do seu espaço de cultivo é essencial para garantir uma colheita segura e bem-sucedida.
Hoje em dia, todos temos a responsabilidade de contribuir para a proteção do ambiente. Cultivar canábis exige bastante energia e recursos, mas existem formas de tornar este processo mais sustentável.
Luzes LED consomem muito menos energia do que outras opções. Por isso, se pretende reduzir a pegada de carbono da sua plantação, esta é a escolha indicada. Além do ambiente, também a sua carteira irá agradecer: o menor consumo de eletricidade representa custos reduzidos, e a intensidade térmica mais baixa das luzes LED torna todo o processo mais seguro e discreto.
A tecnologia de cogeração permite aproveitar o calor gerado pelos equipamentos do teu cultivo, utilizando-o, por exemplo, para aquecer água. Embora o investimento inicial possa ser elevado, ao fim de alguns anos este sistema compensa-se pelo valor poupado em energia, transformando o restante em lucro.
Um sistema automatizado com inteligência artificial pode ajustar ao detalhe todos os aspetos, desde a iluminação até à humidade. Desta forma, apenas é consumida a energia estritamente necessária, evitando desperdícios. Este método não só é amigo do ambiente, como também proporciona às suas plantas as melhores condições possíveis para crescerem de forma saudável e produtiva, resultando em colheitas mais abundantes e de maior qualidade.
Sempre que possível, aproveite a luz natural para poupar dinheiro e ajudar o ambiente. Se conseguir desligar as luzes e proporcionar às suas plantas uma boa quantidade de luz solar verdadeira durante o dia, estará a beneficiar tanto as suas culturas como o planeta.
Optar por um sistema de energia renovável é uma escolha muito mais sustentável. Se tiver essa possibilidade, vale a pena instalar este sistema na sua propriedade e, com o passar do tempo, a eletricidade será gratuita. Caso contrário, existem cada vez mais fornecedores de energia que disponibilizam alternativas provenientes de fontes renováveis, frequentemente a preços mais acessíveis. Seja ou não para o cultivo de cannabis, mudar para energia verde é sempre positivo.
Aproveite as estações do ano a seu favor. Durante o outono e o inverno, evite utilizar sistemas de ar condicionado com elevado consumo energético para arrefecer o seu espaço de cultivo. Em vez disso, recorra ao ar fresco do exterior, canalizando-o para o interior. No entanto, tenha atenção: se optar por esta solução, considere instalar um filtro de modo a evitar a entrada de pragas indesejadas.
Ao optimizares correctamente a circulação de ar no teu cultivo, vais tornar todo o processo muito mais eficiente. Isto ajuda a manter a temperatura controlada, evita a diminuição dos níveis de CO₂ e regula a humidade. No fim, o restante equipamento não terá de trabalhar tanto, o que se traduz numa redução do consumo de energia.
Aproveite ao máximo a água que já tem disponível. Se tiver espaço para instalar um depósito, faça-o e utilize a água da chuva sempre que possível.
Recorrendo à dessalinização e à osmose inversa, pode reutilizar a água proveniente do seu cultivo. A água que passa para o tabuleiro inferior não é desperdiçada. Com uma boa gestão, o uso de água no seu cultivo pode ser bastante eficiente.
A Rockwool, a turfa e a argila, apesar de serem materiais de origem orgânica, não representam opções ecológicas. Estes substratos são difíceis de reutilizar e exigem elevados níveis de energia para o seu fabrico. Felizmente, existem alternativas mais sustentáveis que apresentam igual ou superior eficácia.
Opte, por exemplo, por fibra de cânhamo ou fibra de coco. Além de permitirem a reutilização, são materiais biodegradáveis, decompondo-se de forma natural sem causar impactos negativos no ambiente. E afinal, não parece interessante cultivar "erva" num substrato feito de erva?
Ao podar e desbastar as plantas, pense no destino dos resíduos. Evite simplesmente deitá-los no lixo comum. Sempre que possível, coloque todos os resíduos orgânicos numa composteira, para que possam regressar ao solo e um dia alimentar outras plantas.
Quanto aos outros resíduos, como plásticos, verifique se podem ser reciclados. Se sim, dedique algum tempo à reciclagem. Vai sentir-se bem melhor quando fumar o seu primeiro charro.
Optar por produzir ou adquirir fertilizantes orgânicos e pesticidas naturais reduz significativamente o impacto ambiental da sua plantação. Ao serem eliminados e encaminhados para o sistema de esgotos, ou mesmo para a natureza, o uso de alternativas ecológicas é uma escolha que beneficia o planeta — a própria natureza agradece.
Se alguém alguma vez te disse que cultivar canábis é simples, enganou-te. Embora existam plantas resistentes capazes de crescer quase sem cuidado, alcançar resultados realmente satisfatórios exige dedicação e empenho. Mas não desanimes; todo o esforço investido será recompensado e o sabor das primeiras colheitas vai saber ainda melhor. Poucas sensações se comparam à satisfação de uma colheita bem-sucedida!
Ao seguires as dicas acima, estarás mais perto de conseguir uma produção generosa. Com alguma criatividade, até um pequeno armário pode render uma boa quantidade de flores. No entanto, não te esqueças nunca da segurança: se algo correr mal, todo o trabalho pode ser desperdiçado e arriscares-te a ficar numa situação ainda pior do que antes de começares.
Acima de tudo, diverte-te. Cultivar pode ser um prazer do princípio ao fim, apesar de alguns momentos mais desafiantes pelo meio.
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